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Com salários atrasados para terceirizados, Colbert destina R$ 1,5 milhão para iluminação de Natal

Osvaldo Cruz
2 Min Leitura

A Prefeitura de Feira de Santana pretende desembolsar R$ 1.438.534,70 na decoração natalina deste ano, valor destinado à iluminação pública para as festas de fim de ano. Enquanto as luzes prometem encantar os olhos da população, a realidade de muitos funcionários terceirizados da administração municipal é sombria: salários atrasados e contas acumuladas transformam o Natal em um pesadelo para milhares de trabalhadores e suas famílias.

Entre os afetados estão médicos, enfermeiros, técnicos, porteiros, assistentes administrativos e profissionais de serviços gerais, essenciais para o funcionamento da máquina pública. Sem receber seus pagamentos, esses profissionais enfrentam dificuldades financeiras e questionam as prioridades do governo municipal.

Além disso, a situação se agrava com a falta de confiança das empresas contratadas pela Prefeitura. Informações obtidas apontam que a vencedora da licitação para a iluminação natalina recusou-se a executar o serviço, temendo não receber o pagamento. Agora, a administração tenta fechar contrato com a empresa que ficou em quarto lugar no processo licitatório, já que as demais desistiram devido à falta de confiança na gestão.

O prefeito Colbert Martins, em seus últimos dias de mandato, parece focado em deixar uma impressão visual para a população, mesmo que isso aconteça à custa da dignidade dos funcionários. Com 19 dias restantes para encerrar uma gestão marcada por críticas e controvérsias, o prefeito aposta em um espetáculo natalino para encantar, enquanto ignora a crise financeira que aflige milhares de trabalhadores.

O contraste entre as luzes natalinas e as lágrimas de trabalhadores que enfrentam dificuldades expõe uma administração que prioriza a aparência em detrimento da essência. Para muitas famílias de servidores terceirizados, o Natal não será iluminado, mas marcado pela incerteza e pela luta por seus direitos básicos.

A comunidade questiona: em um momento de crise, o que realmente importa? As luzes que brilham nas ruas ou os trabalhadores que lutam por dignidade e respeito?

 

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