O Senado Federal em plenário aprovou na noite desta quarta-feira (26) dois projetos expressivos à vida política no país: o fim da prerrogativa de foro privilegiado para políticos e autoridades (decisão unânime em primeiro turno) e o texto que define punições para o abuso de autoridade. As duas matérias receberam voto favorável dos baianos Otto Alencar (PSD) e Roberto Muniz (PP).
A reportagem do BNews tentou contato com a senadora Lídice da Mata (PSB), mas as ligações não foram atendidas.
“Eu estava votando contra, mas depois que foi retirado o artigo que falava da hermenêutica (julgar magistrados pela interpretação da lei) e mudança que deixava o juiz vulnerável na sua sentença, mudei de opinião”, comentou em entrevista ao programa Se Liga Bocão, na Itapoan FM, nesta quarta.
Otto ainda falou sobre seu voto favorável ao fim da prerrogativa de foro privilegiado. “Não é possível que tenhamos no Brasil pessoas de primeira e segunda categoria. O STF é o desejo de sonho de todos que estão com problema na justiça, porque chega lá vai para o despacho de gaveta. Agora todo mundo vai responder como cidadão comum, exceto os presidentes de poder – Câmara, Senado e República”.
Também favorável às duas medidas, o senador Roberto Muniz (PP-BA), avaliou que o texto de abuso de autoridade “cria um obstáculo para que os agentes públicos não ultrapassem o limite da atuação”.
Em entrevista à Itapoan FM, Otto Alencar analisou o cenário de animosidade para a Greve Geral da próxima sexta-feira (28) contra as reformas trabalhistas e da previdência propostas pelo presidente Michel Temer.
“Greve está na lei, no entanto espero que não seja manifestação de cunho político. O país precisaria de um líder nacional, como Nelson Mandela fez, sem pregar o rancor. Saiu da cadeia para pregar a unidade nacional. Se não tiver solução pelos moderados, não terá pelos exaltados”.
Com redação do Bocão News
