O ex-governador da Bahia Jaques Wagner voltou a acenar ao presidenciável Ciro Gomes (PDT) na tarde desta quinta-feira (7). Segundo ele, o pedetista é um “animal político”.
“Ciro foi ministro do presidente Lula, do Fernando Henrique, governador do Ceará. É um dos quadros mais preparados do Brasil para qualquer missão. Ele é um animal político desde a juventude”, disse em frente à Superintendência da Política Federal em Curitiba, após visitar o ex-presidente Lula em sua cela.
Em maio, o ex-governador chegou a admitir a hipótese de o PT ocupar a vice de Ciro, caso Lula seja impedido de concorrer à Presidência. Dias depois, foi cortado pela presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann, que disse que o pedetista não é tema dentro do partido nem das conversas com Lula.
Na tarde desta quinta, ainda que tecendo elogios a Ciro, Wagner reforçou que o ex-presidente está determinado a ser candidato.
“Ele considera o Ciro um candidato importante no campo progressista, conhece o perfil, e sabe que assim como está determinado a ir até o final, o Ciro também. Quem sabe a gente possa se encontrar no segundo turno”, disse.
O ex-governador afirmou que Lula não abre mão da candidatura -não pela paixão pelo poder, mas pela paixão de fazer o bem ao povo brasileiro.
Segundo Wagner, é “absolutamente normal” conversar com outras forças políticas. “Ele [Lula] governou conciliando interesses diferentes. Não vejo nenhum problema em conversar. Agora, vamos cada um correr no primeiro turno com sua candidatura.”
Questionado sobre o adiamento da convenção estadual do PT em Pernambuco, Wagner negou que a candidatura de Marília Arraes tenha sido derrubada.
“Achamos que ainda é precipitado retirar a candidatura dela. Evidente que quando a gente tem uma candidatura nacional como a dele, coloca a prioridade na nacional, mas não creio que seja a hora”, disse.
Conforme noticiou a Folha de S.Paulo, o PT adiou a convenção para tentar minar o apoio à candidatura de Marília, em aceno ao governador pernambucano Paulo Câmara. Câmara tenta a reeleição pelo PSB, partido com o qual o PT tenta costurar uma aliança.
Wagner disse, ainda, que a conversa com Lula foi “boa e firme”. “Quis ouvir nossa análise sobre a conjuntura política. Anotou coisas, ficou registrando, discutiu”, afirmou. Também visitou o ex-presidente o governador do Piauí, Wellington Dias (PT).
Com informações da Folhapress.