Após a vitória de Zé Ronaldo nas eleições de Feira de Santana, um silêncio incomum tem pairado sobre a relação entre ele e Fernando de Fabinho. O ex-deputado federal, que até então acabou com Zé Ronaldo uma aliança política sólida, tem se distanciado do prefeito eleito, não comparecendo a eventos de grande importância, como a diplomação, o anúncio dos secretários e a posse do novo governo.
Esse distanciamento levanta questionamentos sobre o futuro dessa parceria, que parecia forte, mas agora enfrenta sinais claros de rachadura. Rumores de um suposto desacordo político entre os dois conseguiram ganhar força. O episódio mais marcante foi a indicação de Fernando de Fabinho para o cargo de vice-prefeito na gestão de Colbert Martins. A decisão foi vista por muitos como um “presente de grego” – um jogo político que teria deixado Fabinho à margem, sem poder de decisão e, mais importante, sem espaço na administração municipal.
A relação de Fabinho com Zé Ronaldo, então, foi tida como um reflexo da falta de liderança e, talvez, uma “falta de consideração” do compadre, já que não houve nenhuma proposta de integração ou de papel relevante na atual gestão do novo prefeito de Feira. O ex-deputado, que já havia sido escanteado no governo de Colbert, agora se vê à deriva, sem funções, sem visibilidade e sem espaço no governo que ele ajudou a eleger.
Entre os rumores, um antigo boato surge novamente: em 2022, durante a gestão de Colbert, teria existido um acordo informal, onde o prefeito e Fernando de Fabinho dividiram o poder, com a previsão de que o ex-deputado assumiria a prefeitura após o prefeito Colbert renunciar à metade de seu mandato. Esse acordo, contudo, nunca foi cumprido. Fabinho se viu abandonado e sem espaço, levando-o a questionar a fidelidade de seus aliados.
O atual cenário de isolamento de Fabinho, com seu sumiço nos bastidores políticos de Feira, parece reforçar a tese de que o ex-deputado está sendo deixado ao lado do compadre Zé Ronaldo. A ausência de qualquer posicionamento ou participação política relevante na gestão do novo prefeito é vista por muitos como o fim de uma era de alianças que pareciam ser promissoras, mas que agora se esvai diante das distâncias e dos impasses políticos.
Se o distanciamento entre Zé Ronaldo e Fernando de Fabinho se consolidar, o futuro político de ambos pode ser reconfigurado, com desdobramentos que prometem agitar o cenário político de Feira de Santana nos próximos anos.