O procurador Ângelo Goulart Villela, afastado da Procuradoria-Geral da República (PGR) desde 18 de maio, continua recebendo salário de R$ 28.947,55 (dos quais R$ 19.547,77 líquidos), mais R$ 4.377,73 de auxílio-moradia e R$ 884 de vale alimentação.
As informações constam no Portal da Transparência, de acordo com o site Metrópoles. O site do governo federal informa que Villela mantêm “vínculo ativo” com a PGR.
O procurador é acusado de tentar intervir nas investigações da Greenfield, que apura irregularidades em fundos de pensão e favorecimento a uma companhia de celulose controlada pelo grupo J&F.
Villela seria informante dos irmãos Joesley e Wesley Batista. Ele é suspeito de vazar informações sobre as investigações do Ministério Público que envolviam a JBS. Em delação, Joesley afirmou que o procurador ganhava R$ 50 mil por mês para mantê-lo informado.
Atualmente, o procurador responde a ação penal e outra na área cível por improbidade administrativa. De acordo com a PGR, a legislação diz que o servidor há mais de três anos na função terá pagamentos cortados somente após a sentença transitar em julgado.