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Governo adverte para escalada de ameaças de facções criminosas

Osvaldo Cruz
3 Min Leitura

aalrvsyA disputa entre duas das principais facções criminosas do país, o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV), acendeu o sinal de alerta na área de inteligência do governo federal, que mapeou riscos concretos de a contenda se refletir na segurança pública nos próximos meses, com ameaças de rebeliões e a possibilidade de ações coordenadas também do lado de fora dos presídios.

O assunto foi tema de uma reunião secreta, na tarde do último dia 29 de novembro, no Congresso Nacional. A Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência, que reúne deputados e senadores e tem por atribuição acompanhar o trabalho dos órgãos de inteligência do governo, foi convocada extraordinariamente a pedido do ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, general Sergio Etchegoyen.

Acompanhado do diretor-geral da Abin, Etchegoyen traçou um cenário preocupante, segundo parlamentares ouvidos por VEJA – eles preferiram falar anonimamente porque houve um pedido expresso para que o assunto tratado na reunião fosse mantido em sigilo. “Estamos diante de uma ameaça concreta de rebeliões em série e, além disso, do risco de a violência dentro das prisões transbordar para o lado de fora”, diz um dos parlamentares.

O ministro fez o alerta a partir de informações coletadas pela Abin, a Agência Brasileira de Inteligência, cujo diretor-geral também participou da sessão secreta.

VEJA apurou que órgãos de inteligência dos governos estaduais e a própria Polícia Federal também têm detectado uma escalada nas ameaças das facções criminosas. Na última quarta-feira, por exemplo, o Centro de Inteligência da Polícia Civil de São Paulo difundiu um alerta segundo o qual membros de uma facção criminosa haviam emitido um “comunicado para que todos os membros (da facção) ficassem em alerta, dentro e fora dos presídios, para um possível ‘salve geral’, ações que incluem ataques a policiais, para os próximos dias”.

Como forma de fazer frente às ameaças, o governo federal tem recorrido aos governos estaduais para adotarem medidas preventivas, especialmente na área de inteligência.

VEJA.com

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