O ex-prefeito Eduardo Paes (DEM), 51, venceu neste domingo (30) a disputa pela Prefeitura do Rio de Janeiro e volta a comandar a cidade que governou entre 2009 e 2016. Com 98,39% das urnas apuradas, ele obtinha 64% dos votos válidos contra 36% do atual prefeito Marcelo Crivella (Republicanos).
O cenário fez com que o prefeito eleito vencesse tendo como principal mote de campanha melhorar a prestação de serviços, principalmente na saúde e transporte.
A rejeição ao atual prefeito foi um dos principais fatores que levaram ao resultado das urnas. Paes acumulou “apoio crítico” da maior parte dos partidos derrotados no primeiro turno e era a opção da maioria dos eleitores dos postulantes que ficaram no primeiro turno, apontam as pesquisas de intenção de voto.
O movimento se deveu tanto à rejeição a Crivella como ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que o apoiou, sem sucesso. A derrota do atual prefeito é mais um mau resultado dos aliados do presidente, tendência já verificada no primeiro turno.
Crivella deixa a prefeitura no fim do ano ficando pela primeira vez desde 2003 sem mandato -até 2016, ele foi senador. Após três tentativas frustradas para chegar à prefeitura e duas ao governo do estado sob o peso da rejeição à Igreja Universal, o bispo licenciado deixa o cargo com uma imagem de mau gestor.
Paes, por sua vez, vence a disputa após duas derrotas políticas consecutivas depois de organizar os Jogos Olímpicos de 2016 e chegar a ser cotado como presidenciável.
Em 2016, seu candidato, o deputado Pedro Paulo (DEM), sequer chegou ao segundo turno na disputa pela sua sucessão, vencida por Crivella. Há dois anos, perdeu a eleição ao governo do estado para Wilson Witzel (PSC), atualmente afastado do cargo.
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