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Aécio Neves sobre transportador de R$ 2 milhões: ‘A gente mata ele antes de fazer delação’

Osvaldo Cruz
3 Min Leitura
Opposition leader Senator Aecio Neves speaks during the senate impeachment trial of Brazilian suspended President Dilma Rousseff at the National Congress in Brasilia on August 30, 2016. Brazilian senators engaged in marathon debate Tuesday on the eve of voting on whether to strip Dilma Rousseff of the presidency and end 13 years of leftist rule in Latin America's biggest country. / AFP / ANDRESSA ANHOLETE (Photo credit should read ANDRESSA ANHOLETE/AFP/Getty Images)

Opposition leader Senator Aecio Neves speaks during the senate impeachment trial of Brazilian suspended President Dilma Rousseff at the National Congress in Brasilia on August 30, 2016. Brazilian senators engaged in marathon debate Tuesday on the eve of voting on whether to strip Dilma Rousseff of the presidency and end 13 years of leftist rule in Latin America's biggest country. / AFP / ANDRESSA ANHOLETE (Photo credit should read ANDRESSA ANHOLETE/AFP/Getty Images)

O jornal O Globo revelou nesta quarta-feira (17) uma delação-bomba de Joesley Batista, dono da JBS, que em abril levou à Procuradoria-Geral da República (PGR) gravações comprometedoras do presidente Michel Temer. Outro político de destaque nacional, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) também foi atingido pelas revelações de Joesley.

Segundo o colunista Lauro Jardim, o presidente do PSDB pediu R$ 2 milhões à JBS para despesas com sua defesa na Operação Lava Jato.

Na conversa entre Aécio e Josley, datada de 24 de março, em um luxuoso hotel de São Paulo, eles acertam como seria feita a entrega do dinheiro:

Joesley: — Se for você pegar em mãos, vou eu mesmo entregar. Mas, se você mandar alguém de sua confiança, mando alguém da minha confiança.

Aécio: Tem que ser um que a gente mata ele antes de fazer delação. Vai ser o Fred com um cara seu. Vamos combinar o Fred com um cara seu porque ele sai de lá e vai no cara. E você vai me dar uma ajuda do caralho…

O Fred a que Aécio se refere é seu primo Frederico Medeiros. O escolhido por Joesley para entregar o dinheiro a Frederico, em quatro remessas, foi o diretor de Relações Institucionais da JBS, Ricardo Saud.

A Polícia Federal filmou um dos encontros.

A investigação da PGR mostrou, entretanto, que o dinheiro não foi parar nas contas do advogado Alberto Toron, que foi citado por Aécio como seu defensor na Lava Jato.

Segundo as gravações, o primo do tucano repassou malas para um secretário parlamentar do senador Zeze Perrella (PMDB-MG), que é aliado de Aécio.

Esse assessor teria transferido o recurso para uma empresa de Gustavo Perrella, filho de Zeze Perrella.

Outro lado

Em nota divulgada pela assessoria, o senador Aécio Neves disse que está “absolutamente tranquilo” sobre a “correção” dos atos dele.

“No que se refere à relação com o senhor Joesley Batista, ela era estritamente pessoal, sem qualquer envolvimento com o setor público”, diz a nota.

O tucano informa que espera ter acesso a todas as informações da Lava Jato a fim de prestar os esclarecimentos necessários.

 Fonte: www.huffpostbrasil.com

 

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