Durante pronunciamento na sessão ordinária desta terça-feira (07), na Casa da Cidadania, o vereador Beldes Ramos (PT) repercutiu a Caminhada da Paz, realizada no bairro Aviário, e a audiência pública, que foi promovida pelo deputado Zé Neto para tratar da revitalização da Lagoa Grande.
“Gostaria de fazer o registro da Caminhada da Paz, realizada ontem no bairro Aviário, local onde vem crescendo o índice de criminalidade. Lá foi lembrado o assassinato de dois amigos. Pedir paz é estancar a violência”, disse Beldes.
Na sequência, o vereador falou sobre uma audiência pública, promovida pelo deputado Zé Neto na última sexta-feira, que debateu as obras de revitalização da Lagoa Grande. “Talvez o feirense não tenha ideia da dimensão daquela obra. O Estado já a incluiu na Agenda 21, onde se trata apenas de assuntos relacionados ao meio ambiente. Após obra concluída, o local oferecerá lazer, educação, cultura e esporte. Será desmarginalizado. É importante falar isso, porque paralelo a essa revitalização vemos o Município omisso e conivente ao aterramento de lagoas na cidade, com a permissão de obras por parte da Secretaria Municipal de Meio Ambiente”.
Beldes informou que, com a obra de revitalização, as famílias que moravam em casas construídas na lagoa foram relocadas. “Estão morando no Núcleo Conceição, de forma digna e longe da possibilidade de adquirirem doenças. Vale ressaltar que o local precisa de um olhar dos poderes Municipal e Estadual, pois tem escola, posto de saúde, local para reunião que não funcionam, e a coleta de lixo e o transporte público é ofertado de forma precária. Porém, um local onde havia apenas mato, agora tem um espelho d’água”, comemorou.
Em aparte, o edil Eli Ribeiro (PRB) elogiou a obras, mas fez questionamentos ao colega. “E aquelas casas que ficam próximas à lagoa, quando for tempo de chuvas não podem ser atingidas? Será que há esgotamento suficiente para não prejudicar aquelas pessoas?”.
Em resposta, Beldes disse que o poder público municipal permitiu que houvesse construções na lagoa e, agora, se nega a fazer rede pluvial nas casas vizinhas, alegando ser área de invasão. “É uma situação muito delicada e precisa sim de obras de drenagem ali. Mas, o importante é que muitas famílias deixaram de viver dentro da água”, pontuou.
Ascom