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PF cita ‘riscos concretos’ de vazamento no STJ ao pedir transferência de inquérito para STF

Osvaldo Cruz
2 Min Leitura

A Polícia Federal citou “riscos concretos” de vazamento de investigações que tramitam no STJ (Superior Tribunal de Justiça) ao apresentar pedido para que um inquérito que estava na corte fosse transferido para o STF (Supremo Tribunal Federal).

No documento, que está sob sigilo e foi obtido pela reportagem, a PF apontou a probabilidade de vazamento de informações de um caso que apura justamente o vazamento de operações policiais em gabinetes do STJ. O inquérito não investiga diretamente ministros da corte.

No pedido de abertura de apuração, encaminhado ao ministro Cristiano Zanin, a PF afirmou que, frente a esse risco, “não resta uma alternativa senão provocar a atuação excepcional do Supremo Tribunal Federal para assumir a supervisão do presente inquérito policial”.

“A investigação visará desvendar a origem e os respectivos responsáveis pelo ‘vazamento’ de informações relacionadas a investigações sigilosas supervisionadas pelo Superior Tribunal de Justiça, especialmente envolvendo futuras deflagrações de operações policiais”, afirmaram os delegados.

O pedido da PF embasou a fase mais recente da Operação Sisamnes, que foi aberta inicialmente para investigar suspeitas de venda de decisões judiciais em gabinetes do STJ relacionadas ao lobista Andreson de Oliveira Gonçalves.

Essa última fase da operação não tem até o momento indícios de envolvimento de Andreson, e trata de vazamentos de informações de dentro de gabinetes do STJ.

A PF pediu a Zanin que autorizasse uma operação sobre os vazamentos no dia 25 de fevereiro.

Os investigadores começaram a desconfiar desses vazamentos ao analisar celulares apreendidos na Operação Maximus, sobre vendas de decisões do Tribunal de Justiça do Tocantins.

Em gravação de um telefonema de junho de 2024, um sobrinho do governador Wanderlei Barbosa (Republicanos) conversa com um desembargador sobre “companheiros em Brasília” que ficariam monitorando informações do STJ.

Fonte Notícias ao Minuto

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