Permita-me fazer uso de seu portal – que no que nos diz respeito aos bastidores de nossa política municipal tem sido de um valioso instrumento de informação em nossa comunidade – para esclarecer ao querido leitor, pontos importantes destacados por você em sua matéria intitulada “Leonardo Pedreira dá nota 3 para Zé Ronaldo e 8 para Rui Costa” buscando não confundir e por assim esclarecer, o que não foi bem colocado em suas linhas, qual a real tendência do PCO – Partido da Causa Operária e também minha enquanto pré-candidato a prefeito de nossa cidade.
Historicamente o Partido da Causa Operária surgiu como um agrupamento de militantes trotskistas rompidos com a Organização Socialista Internacionalista no final de 1978 sendo que, em 1980, esta nova organização política ingressou no PT e se transformou na fração trotskista e revolucionária daquele partido, conhecida pelo nome do seu jornal, Causa Operária.
O Causa Operária lutou arduamente pela criação de um amplo bloco de esquerda dentro do PT participando ativamente da luta pela construção da CUT.
Em 1989, Causa Operária participou da campanha eleitoral denunciando a formação de uma frente entre o PT e a burguesia e pedindo a ruptura com a burguesia e chamando a formar comitês eleitorais exclusivamente formados pelos militantes classistas do PT.
O PCO foi o principal crítico da política burguesa do PT de um ponto de vista de classe, estabelecendo sempre a prioridade de luta contra a direita pró-imperialista e denunciando toda a tentativa de confundir o movimento operário com a política. A luta do PCO contra o governo de frente popular deu-se, em todos os momentos, dando continuidade à política anterior, na linha de defender a ruptura da classe operária com a burguesia.
Perceba que, a luz da razão e do entendimento daquilo que chamamos de democracia, mesmo com todas as divergências políticas com o PT devido as suas alianças com a burguesia objetivando o poder pelo poder, o PCO jamais faria coro com a direita pelo impeachment com assim fazem alguns partidos ditos de esquerda. O PCO lutou pela efetivação democrática deste país e assim o continuará fazendo.
O que não nos impede de também denunciar o compatível comportamento ditatorial do Deputado Zé Neto com o atual gestor, quando este não procura dar voz a antigos militantes de seu partido objetivando apenas a busca de seus interesses políticos. Como no caso do esquecimento proposital de bons nomes, por exemplo, do Vereador Beldes Ramos, que parece não ter o reconhecimento do deputado nem do diretório municipal. De fato, o PT de Feira de Santana, deixou de ser o Partido dos Trabalhadores para ser o Partido do Deputado Zé Neto, devendo assim ser chamado a partir de hoje de PDZ.
Amigo, esta é a nossa tendência a qual, fica bem claro, que não temos de forma alguma aliança com o governo do PT e com nenhum outro partido que seja afinal, lutamos efetivamente pela construção de um governo realmente comprometido com a classe trabalhadora e sendo assim e por isso o PCO, aqui em Feira de Santana, apresenta o meu nome como opção para os feirenses darem início a um governo de fato do povo. Como assim lutou Chico Pinto e George Américo.
Claramente por essas questões, não poderíamos continuar apostando nos conhecidos nomes de nossa política tendo em vista a tendência burguesa dos mesmos, esquecendo claramente e principalmente, daqueles mais pobres.
Sei que é conhecido por você amigo, mas, me permita lembrar que já tivemos importantes líderes que fazem parte do imaginário de luta do povo feirense como Chico Pinto e George Américo, acima citados e também como Colbert Martins e João Durval Carneiro, sendo que, este último, mesmo sendo de uma bancada direitista e reacionária de seu tempo, não deixou de lutar e trabalhar por uma Feira de Santana mais digna e melhor para todos nós, deixando como legado, monumentos de uma história política realmente significativa. Não diferente foi Colbert Martins, eternizado na memória de nós feirenses como um grande político e líder, bem como um lutador incansável por elevar o nome de nossa cidade princesa.
Assim não podemos dizer lamentavelmente daqueles que herdaram seus nomes. Sergio Carneiro, filho de João Durval Carneiro, ocupa hoje o lugar de um político inexpressivo para nossa cidade manchando nossa história como alguém que se aliou com outro político – que outrora fora seu rival – somente pela garantia de um bom salário, ocupando a cadeira de uma secretaria sem serviço cuja atividade atualmente é dar palestras.
Não muito distante da vergonha se encontra Colbert Martins Filho que, parecendo que querendo interromper o eco político do legado de seu pai, alia-se também a José Ronaldo de Carvalho tendo em vista apenas, a manutenção de um espaço inexpressivo de seu partido dentro do governo. Aliado este que não moveu uma palha de apoio ao mesmo, sendo decisivo para sua derrota recentemente como deputado.
Não obstante a toda esta historia envergonhada, encontra-se o nosso atual gestor, José Ronaldo de Carvalho. Que na tentativa de se eternizar no poder, silencia todas as antigas oposições com migalhas – como no caso de Sergio e Colbert e outros – que em inúmeros exemplos não perde a oportunidade de mostrar sua face ditatorial, arrogante e classista, focando cada vez mais suas ações no centro da cidade virando as costas para os bairros, sobretudo, aqueles das periferias. Todas as suas ditas “grandes” obras foram e são para o centro, a saber, viadutos e BRT, justificando assim a misericordiosa nota 3.
Espero caro amigo Osvaldo que para você e especialmente para o leitor do seu importante canal de notícias tenha ficado clara a minha tendência política enquanto pré-candidato do PCO para prefeitura de Feira de Santana que é: O fim do domínio das antigas e inexpressivas lideranças políticas de Feira de Santana para que juntos com o povo possamos assim estabelecer um governo operário e popular em que realmente a prefeitura abrirá suas portas para o povo feirense, afinal ela não pertence ao prefeito e sim a todos nós.
E para isso,
(Há) braços sempre.
Grande abraço meu amigo Osvaldo Cruz e a todo povo de nossa querida Feira de Santana.
Seu amigo,
Leonardo Pedreira.