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João Borges sobre o Subaé Brasil: “Me arrependo de ter sido honesto”

Osvaldo Cruz
3 Min Leitura
Empresario João Borges
Empresário João Borges

Além de João Borges, o Ministério Público Federal na Bahia (MPF/BA) denunciou mais 10 pessoas, por participarem de crime contra o Sistema Financeiro Nacional, por meio de esquema fraudulento da Cooperativa de Crédito do Vale Subaé (Subaé Brasil). De acordo com o órgão, “as atividades ilícitas foram cometidas com o intuito de desviar patrimônio da instituição financeira e os prejuízos financeiros dos associados, o Banco Central (BACEN) e o público em geral”.

O empresário João Borges participou do programa Silvério Silva, da rádio Subaé AM deste domingo (08) e relatou que 11 pessoas foram indiciadas, mas, não compreende como só o nome dele está sendo divulgado e revelou ser o autor da denuncia.

“Não compreendo porque só meu nome está sendo divulgado. Tem políticos, empresários e tantos outros, foram 11 nomes, mas, nesse país é assim vamos condenar o certo. Quando eu descobrir denunciei. Eu era cliente do banco e perdi dinheiro, só contribuir para o banco, eles depositavam os juros na minha conta, não retirei nada, não pude retirar meu dinheiro. No processo cita que retirei 720 mil, mas, eu tinha lá 2,4 milhões, era conta corrente de minhas empresas. Isso é uma decepção muito grande. Dizem que há uma lei que o banco não pode pagar juros, mas, não tenho nada haver com o que o banco fazia, ele me creditava, mas, não me pagou, não tirei nenhum dinheiro”, disse João Borges.

A denúncia foi assinada pelo procurador da República André Batista Neves, em 5 de outubro de 2015. A ação é resultado da continuidade às investigações que possibilitaram o ajuizamento da ação penal nº 6493-65.2013.4.01.3300, caso já divulgado pelo MPF.

João falou de sua frustração em ser honesto e afirmou que está correto. ” Eu denuncio e  eu quem sou o ladrão? Isso é um absurdo, isso é um país de loucos, querer condenar o cidadão correto. Eu fiz a denuncia, sou vitima porque tomei prejuízo em dinheiro, não tinha nenhuma participação na gerência do banco. Sou responsável em que? Eu denunciei na Policia Federal, no Banco Central, depois disso tudo eu quem sou o ladrão? A coisa que mais me arrependo na minha vida é ser direito, mas, não posso voltar atrás, não consigo fazer as coisas erradas, se eu fosse desonesto estaria satisfeito agora com esse absurdo. Que eu fiz? Perdi dinheiro, denunciei, não tinha nenhuma ingerência  no banco, não recebi o dinheiro, então que culpa tenho? Ainda o otário aqui, vai ter que gastar dinheiro com advogado”, lamentou João.

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