O vereador Isaías de Diogo (PSC) ocupou a tribuna da Câmara Municipal de Feira de Santana, na manhã desta segunda-feira (23), para se queixar das atitudes do presidente do Sindicato dos Agentes Comunitários de Endemias de Feira de Santana, Roberto Carlos Santana, com relação à categoria que este representa.
O edil disse que no mês passado, por iniciativa do referido sindicalista, os agentes de endemias entraram em greve e fizeram manifestação na Câmara Municipal para reivindicarem o pagamento do piso salarial de R$ 1.014,00, previsto em lei federal. Isaías relatou que, no uso da tribuna, ele e outros edis chegaram a ser vaiados por Roberto Carlos e outros manifestantes.
Segundo o vereador, antes de ser deflagrada a greve, o Sindicato dos Agentes Comunitário de Endemias e a Associação da categoria teriam participado de todas as negociações com o prefeito José Ronaldo e a secretária municipal de Saúde, onde o Governo Municipal explicou toda a situação que impossibilitava o pagamento do piso.
No entanto, “Roberto trouxe as pessoas para esta Casa e fez aquela zoada todinha aqui, virou as costas para gente, chamou o vereador Isaías de Diogo e também o líder do Governo de Judas, aqueles agentes de endemias todos foram induzidos por Roberto a nos chamar de Judas. Eu quero dizer para os agentes de endemias que eu estou vereador, mas sou agente de endemias”, disse Isaías, assegurando que ele e os demais vereadores não estão omisso às reivindicações da categoria.
O edil também relatou que a greve terminou após Roberto Carlos e o agente comunitário de endemias Dedeu, que é pré-candidato a vereador, terem ido à residência do prefeito José Ronaldo de Carvalho. Porém, o chefe do Executivo Municipal, conforme o vereador, apesar de recebê-los bem, não prometeu nada ao presidente do Sindicato dos Agentes Comunitários de Endemias.
“Acabou a greve por quê? Qual foi o acordo? O que foi acertado naquela reunião com o prefeito?”, indagou Isaías, ressaltando que os agentes de endemias, em decorrência dos 11 dias de greve, tiveram o adicional de 20% de insalubridade e 75% de AGE cortados dos seus vencimentos. “Na minha avaliação, o sindicato deve sim ressarcir esse prejuízo que ele causou aos agentes de endemias”.
Indignado, o vereador acrescentou: “a única coisa que o senhor Roberto fez foi prejudicar os colegas, os pais e mães de família, que acreditaram em uma mentira; o senhor, irresponsavelmente, enganou aqueles colegas de endemias dizendo que o prefeito havia prometido algo, o senhor enganou essas pessoas, o senhor faltou com a verdade, que tipo de sindicato é esse?”, questionou.
Para Isaías, assuntos relacionados à greve teriam que ser tratados na Prefeitura e com a comissão de greve. “Mas, o prefeito recebeu Roberto Carlos por educação”.
O edil continuou tecendo críticas ao presidente do Sindicato dos Agentes Comunitários de Endemias e classificou Roberto Carlos como traidor. “O Judas, na minha avaliação, não é nenhum de nós aqui como ele chamou. O Judas, o traidor dos agentes de endemias chama-se o senhor Roberto Carlos Santana”, disse Isaías, afirmando que se depender de sua assessoria jurídica, o referido sindicato terá que devolver o dinheiro que foi cortado das gratificações dos agentes, em virtude da “má administração e irresponsabilidade” de Roberto Carlos.
Ascom