O mês de agosto é marcado por iniciativas para conscientização sobre o colesterol, conjunto de gorduras que, apesar de necessárias, podem causar diversos problemas para o organismo quando as taxas não são mantidas em equilíbrio. Entretanto, hábitos saudáveis, como a prática de exercícios físicos e mudanças alimentares, podem auxiliar na prevenção e no combate a esse problema.
O colesterol faz parte da estrutura das células, auxilia na produção de hormônios e vitaminas, além de formar os ácidos biliares, substâncias que atuam na digestão. Apesar de desempenhar importantes funções no organismo, os níveis de colesterol devem ser monitorados com atenção por meio de exames de sangue, que indicam os níveis dos tipos de colesterol: LDL (lipoproteína de baixa densidade) e HDL (lipoproteína de alta densidade).
“O LDL, popularmente conhecido como o colesterol ruim, deve ser mantido em níveis mais baixos, já que ele pode se acumular nas paredes das nossas artérias, formando placas de gordura que aumentam o risco de obstruções. Tais obstruções, podem levar o paciente a eventos cardiovasculares, como, por exemplo, um infarto ou um acidente vascular cerebral. Por outro lado, o HDL, conhecido como o colesterol bom, ajuda a evitar essa obstrução das artérias e o seu nível deve ser mantido o mais alto possível”, explicou a coordenadora do curso de nutrição da Estácio, Juliana Gonçalves.
Diversos fatores podem contribuir para o aumento dos níveis de LDL, como a predisposição genética (e por isso é necessário ficar atento ao histórico familiar), falta de atividades físicas, alimentação inadequada (consumo de alimentos ultraprocessados, fontes de gorduras saturadas e baixo consumo de alimentos naturais), tabagismo, consumo de álcool, e outros fatores como obesidade, diabetes e hipertensão arterial.
“Entre os alimentos prejudiciais podemos citar a margarina, que é uma fonte de gordura trans, e produtos industrializados como os nuggets, biscoitos recheados e sorvetes. Além disso, alimentos fritos, como batata frita, pastéis e salgados, entre outros, também oferecem riscos à saúde, mesmo se forem utilizados óleos vegetais ou azeite no preparo. Outros exemplos são as carnes muito gordurosas, miúdos, bacon, costela, vísceras, pele de frango, embutidos, salsichão e mortadela, que são ricos em gorduras saturadas e também que vão promover esse aumento do LDL. Assim como queijos muito amarelos (entre eles o cheddar, mozzarella e parmesão) e o consumo excessivo de leite integral, manteiga e creme de leite”, explica a nutricionista.
Segundo Juliana, a prevenção e o tratamento dos problemas causados pelo colesterol alto envolvem principalmente a adoção de hábitos alimentares saudáveis e a prática regular de atividades físicas. Em situações mais graves, pode ser necessário o uso de medicamentos e procedimentos cirúrgicos.
Para a melhoria dos índices de colesterol e equilíbrio das taxas, alimentos ricos em ômega 3 e vitaminas são os mais indicados. De acordo com a coordenadora do curso da Estácio, alguns exemplos são: peixes, amêndoas, castanhas, avelãs, abacate, linhaça, chia, aveia e frutas em geral.
Porém, é imprescindível buscar a orientação de um profissional para conduzir o tratamento e avaliar quais alimentos cada paciente pode consumir, sempre pensando no equilíbrio. “Nenhum alimento vai ser proibido, mas eles devem fazer parte de uma estratégia nutricional pensando na qualidade de vida do paciente”, ressalta Juliana.
Neste mês, foi celebrado o Dia Mundial de Combate ao Colesterol (08/08), data criada com o objetivo de conscientizar a população sobre a importância da prevenção do colesterol alto, um dos principais causadores de doenças cardiovasculares (primeira causa de mortalidade no Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde).
Ascom