Nesta terça-feira (01), durante pronunciamento proferido na tribuna da Casa da Cidadania, o vereador Antônio Carlos Passos Ataíde – Carlito do Peixe (DEM) mostrou-se preocupado com o anúncio da Justiça Eleitoral de que há possibilidade, devido aos cortes no Orçamento do Governo Federal, de as urnas eletrônicas não serem utilizadas nas eleições de 2016, o que obriga o retorno de urnas convencionais e o voto em cédulas de papel.
“O Brasil anuncia uma crise profunda, que vem se aprofundando cada vez mais. Agora, se anuncia uma situação ainda mais grave, um déficit de R$ 50 bilhões no orçamento e, para completar, um corte de mais R$ 13 bilhões para o próximo ano, que atingiu diversos Ministérios, programas sociais e assim os Poderes: o Executivo anuncia o corte, o Legislativo (Câmara e Senado) e o Judiciário. Dentro desses anúncios, o que chama atenção é que vamos voltar à época da cédula de papel”, lamentou.
O edil lembrou-se que os cidadãos têm sido convidados para o cadastramento biométrico do eleitorado e, agora, poderá haver retrocesso. “Convida-se o povo para mudar o título para a biometria, os jovens empolgados pela segurança do sistema novo de votação, e o TSE anuncia que vamos voltar à cédula de papel, para que agora possamos ensinar a muita gente como é exercer o voto. Uma crise tamanha que o país está vivendo, anunciamos uma situação muito mais grave”, criticou.
Em aparte, o vereador Roque Pereira (DEM) se pronunciou sobre o assunto. “O que falta acabar mais no país? Uma cidade do porte de Feira de Santana vai passar de sete a oito dias para se ter o resultado de uma eleição municipal”, pontuou.
Para o vereador Carlito, o retorno das urnas convencionais e voto em cédula de papel é realmente um retrocesso. “É um atraso. Segundo eles, haverá economia, mas não acreditamos que a medida seja necessária”, avalia.
Fazendo uso do aparte, o vereador Beldes Ramos (PT) também participou do debate. “O anúncio quem fez foi o STJ, de uma situação que poderá acontecer. Vejo como uma força de terrorismo essas notícias. Mas é preocupante, até porque as cédulas não trazem clareza ou garantia de que o voto será confiável, pois sabemos como se trata. Fico temeroso com a situação, vejo como um retrocesso”, ressaltou.
Também em aparte, o vereador Edvaldo Lima (PP) parabenizou edil Carlito do Peixe por tratar do assunto. “Diante da crise instalada no país, quero parabenizar pelo discurso, mas entendo que os nossos governantes em Brasília deveriam ser sensíveis, baixando um decreto ou um projeto de lei, para que a eleição pudesse empurrar para 2018, porque não fazer isso? Certamente, vai entrar num abismo mais profundo ainda com essa situação”, disse.
Ascom