Pela primeira vez na história política dos últimos tempos de Feira de Santana, o gigante se apequena. O ex-prefeito José Ronaldo de Carvalho (União Brasil) vem enfraquecido nesta eleição de 2024. Está nanico e se for candidato virá completamente só.
Acostumado a ter vários partidos em seu apoio e muitos com declarações antecipadas, Zé Ronaldo se vê numa verdadeira encruzilhada. Os partidos que costumavam marchar ao lado ou estar sob o controle do ex-prefeito hoje têm candidaturas consolidadas, o que diminui a influência do ex-mandatário.
Zé Ronaldo já tentou, de todas as formas, assumir o controle de diversas siglas em Feira para consolidar seu retorno à política local, mas até agora sem sucesso.
Ronaldo não conseguiu o apoio do PSDB, que deverá ter Pablo Roberto como candidato a prefeito, o que já configura um grande racha em seu grupo político. O Solidariedade terá o pastor Tom como candidato, o Republicano vem com o deputado Pastor José de Arimatéia, o PSD está nas mãos do vereador e ex-presidente da Câmara, Fernando Torres, e, por último, ele recebeu um enfático “não” do terceiro maior tempo de TV, o PP, que hoje está nas mãos da liderança incontestável Yuri Guimarães.
Parece que os resultados das últimas pesquisas divulgadas em Feira de Santana, sempre antes de Zé Ronaldo buscar uma sigla, não têm surtido efeito, pois ele tem voltado de mãos vazias.
Resta a Zé Ronaldo agora tentar recuperar o prestígio na base local, pois, sem perceber, lideranças locais foram se fortalecendo à medida que ele declinava nas duas tentativas de sair da sua zona de conforto, a política local, para tentar um destaque em âmbito estadual e federal. Essa estratégia não deu certo, e agora ele busca mais uma chance, um perdão do povo para retornar ao poder em Feira. Pelo visto, o fracasso de Ronaldo em 2018 e 2022 não tem sido bem aceito pelas lideranças da cidade, e o perdão está cada vez mais difícil, restando apenas a função de apoiar, sem ser apoiado.