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Transição de José Ronaldo frustra expectativas de governo de parceria com Pablo Roberto

Osvaldo Cruz
2 Min Leitura

A tão aguardada lista de transição apresentada por José Ronaldo (União Brasil) nesta quarta-feira, 23, foi um verdadeiro “balde de água fria” nas expectativas de união entre o ex-prefeito e o vice-prefeito eleito, Pablo Roberto (PSDB). A lista inclui nomes conhecidos da velha guarda política de Feira de Santana, como José Pinheiro, Rodrigo Santos Matos, Luiz Carlos de Carvalho Bahia Neto, José Ferreira Pinheiro, Luciana Lima Flores Nascimento, Diego Santana Oliveira e Vagner Soares Souza.

A composição, repleta de figuras já consolidadas na cena política local, não reflete as promessas de renovação feitas durante a campanha eleitoral. Pelo contrário, reforça a percepção de que José Ronaldo governará de forma autônoma, sem dar espaço para a representação do “novo” que Pablo Roberto, como candidato jovem e vinculado a um discurso de mudança, prometeu trazer ao governo.

A ausência de qualquer nome ligado ao grupo político de Pablo Roberto é notável. Não há traços das “digitais” do vice-prefeito na equipe anunciada, o que escancara o distanciamento entre o discurso de união proferido na campanha e a realidade dos bastidores. O equilíbrio prometido entre experiência e renovação, que visava combinar a longa trajetória de Ronaldo com a energia e inovação representada por Pablo, parece estar muito longe de acontecer.

O que se vê agora é a consolidação de um governo dominado pelo controle de Ronaldo, enquanto Pablo Roberto, que deveria ter papel de coadjuvante, é excluído até mesmo da transição. A exclusão dos nomes de confiança do deputado, evidencia um processo em que o vice-prefeito eleito terá pouca ou nenhuma influência.

Resta saber como essa relação, que já nasce estremecida, irá se desenvolver nos próximos meses. Para a sociedade feirense, a decepção já é clara: o que se prometeu como um governo de união, capaz de conciliar tradição e inovação, parece ser apenas mais um governo onde a tradição monopoliza o espaço.

 

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