É de conhecimento de todos os feirenses que, com Zé Ronaldo, Feira de Santana não terá esperança de ter um hospital geral municipal. O que o povo de Feira não sabia é que ele já rejeitou, quando era prefeito, uma verba para a construção de um hospital de pequeno porte para o distrito de Humildes.
A afirmativa veio do ex-deputado estadual Targino Machado, que relatou: ‘Consegui uma verba com o deputado federal Arthur Maia, no valor de 4,2 milhões de reais, que era destinada à construção de um hospital geral municipal de pequeno porte em Humildes. Com o dinheiro garantido, fui à prefeitura para falar com o prefeito, e quando mencionei a verba, ele parou e disse que não era possível a construção de um hospital. Alegou que o dinheiro dava para construir, mas não tinha como mantê-lo em funcionamento, pois seria muito custoso”, revelou Targino, perplexo com o que ouviu de Zé Ronaldo na época.
“Ainda disse para ele que se tratava de saúde, era a saúde da população e isso não é gasto, é investimento! Eu disse, você não quer? Ele respondeu que ‘não!’ Depois sugeriu-me construir uma UPA, das mais baratas, e depois de muitos telefonemas, consegui assegurar o dinheiro para a construção da unidade de saúde, mas o dinheiro saiu de lá de Brasília, e a UPA nunca foi construída”, disse o ex-deputado.
Targino ainda afirmou que em qualquer cidade do país, se alguém chega com uma proposta dessa de construir um hospital, os prefeitos vibram, comemoram, mas em Feira de Santana é o contrário.
‘Feira de Santana já deveria ter um hospital geral há muito tempo, pois a Organização Mundial de Saúde (OMS) diz que, para cada mil habitantes, o município deve ter um leito hospitalar. Se o Hospital Clériston Andrade tem hoje trezentos leitos e o município tem mais de seiscentos mil habitantes, caberia ao município ter construído ao menos mais trezentos leitos. Assim, não teríamos filas!’, afirmou Targino.
As declarações de Targino Machado foram feitas no Programa Política e Prosa da Rádio Web Adoroo, em entrevista aos radialistas Murilo Ramon e Deibson Cavalcanti.