Publicidade
Publicidade

Prefeito Zé Ronaldo falou, falou e não resolveu a situação dos atrasos salariais dos terceirizados. Quando vai pagar, prefeito?

Osvaldo Cruz
3 Min Leitura

A gestão municipal de Feira de Santana, liderada pelo prefeito Zé Ronaldo, está enfrentando duras críticas pela falta de pagamento aos funcionários terceirizados. Em uma entrevista concedida nesta quarta-feira (22) ao radialista Dilton Coutinho, Ronaldo tentou prever a situação, mas suas  explicações soaram insuficientes para os trabalhadores que continuam em dificuldades e enfrentam fome e miséria.

Os terceirizados não receberam os vencimentos de novembro e dezembro, assim como os auxílios transporte, alimentação e, em muitos casos, o décimo terceiro salário. Mesmo diante do caos, a prefeitura priorizou ações como tapa-buracos no bairro Caseb e exames de saúde, deixando de lado a urgência de pagar os salários atrasados.

Durante a entrevista, Zé Ronaldo admitiu o problema, mas atribuiu a responsabilidade para as empresas contratadas pela gestão. “As empresas têm o dever de pagar os funcionários e cobrar da prefeitura. Eles irão receber em dias do mês de janeiro e, paulatinamente, vamos normalizar a questão”, afirmou o prefeito, sem apresentar prazos concretos.

Um relatório da Secretaria de Saúde revelou que algumas empresas pagaram o salário de novembro, mas ainda devem dezembro e parte do décimo terceiro. Outros ainda estão com dois meses de salários atrasados, além de direitos trabalhistas, férias, auxílios e retroativos do piso da enfermagem pendentes. Já na área da educação, Ronaldo disse estar aguardando outro relatório do secretário Pablo Roberto.

Apesar das promessas, os trabalhadores seguem desamparados. Muitos já enfrentam fome, despejos e destruição de suas condições básicas de vida. Enquanto isso, o discurso do prefeito, que “sente a dor dos servidores”, parece incapaz de aliviar o sofrimento de centenas de famílias que carecem desses pagamentos para sobreviver.

A falta de uma explicação clara sobre o porquê de a prefeitura não ter concentrado esforços imediatos no  início do exercício só aumenta a indignação. “Eles deveriam resolver isso logo nos primeiros dias do ano, mas estão mais preocupados com buracos nas ruas do que com as pessoas que passam fome”, desabafa um dos servidores afetados.

A indiferença da gestão municipal escancara um descaso com aqueles que mantêm os serviços públicos em funcionamento. A população de Feira de Santana e os próprios terceirizados esperam, além de ações concretas, que o governo reconheça suas falhas e trate os trabalhadores com a dignidade que merecem. Afinal, fome não espera.

Ronaldo falou, falou, mas não resolveu absolutamente nada. A questão do atraso salarial dos terceirizados não suporta prazos ou perspectivas indefinidas; precisa ser resolvido com urgência.

 

 

Compartilhe este artigo