Feira de Santana enfrenta uma nova crise: a paralisação da coleta de lixo a poucos dias do fim do atual mandato da gestão municipal. Para muitos, o cenário é um “ensaio” para justificar a implementação da taxa de limpeza pública, popularmente conhecida como “taxa do lixo”. A cidade, agora tomada por resíduos, enfrenta um estado de calamidade pública, com riscos graves à saúde da população, enquanto ruas e terrenos baldios acumulam detritos.
A situação traz à memória episódios passados. Durante uma transição de governo anterior, foi instituída a taxa de iluminação pública. À época, o argumento era de que o imposto resolveria de vez os problemas de escuridão nas vias, que sofriam com a falta de lâmpadas e manutenção da rede elétrica. No entanto, anos depois, os problemas de iluminação permanecem, evidenciando que a medida não alcançou os resultados prometidos.
Agora, com o final do mandato se aproximando e as festividades de fim de ano às portas, a população está apreensiva. O receio é que se repita a mesma estratégia: criar um estado de emergência para justificar a imposição de mais um tributo.
Além disso, outra preocupação paira sobre os feirenses: a iminente implantação da Zona Azul. O sistema de estacionamento rotativo, criticado pelo governo municipal o poderá impactar no orçamento dos cidadãos, gerando mais custos para os motoristas.
A combinação desses fatores acende um alerta na cidade. A história mostra que mudanças desse tipo tendem a afetar diretamente os mais pobres, já que a transferência de custos aos cidadãos onera ainda mais aqueles com menos recursos. Feira de Santana já passou por momentos semelhantes, e o temor de que o ciclo se repita é palpável.
A população questiona: será que a taxa de limpeza pública, se aplicada, resolverá o problema da coleta de lixo, ou será apenas mais uma medida que impactará o bolso dos cidadãos sem oferecer soluções definitivas? É bom botar as barbas de molho.
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