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Orelhas secas seguem de fora: em quatro meses de governo, Zé Ronaldo repete velhas práticas e desagrada aliados de base

Osvaldo Cruz
2 Min Leitura

Com quatro meses à frente da Prefeitura de Feira de Santana, o prefeito Zé Ronaldo tem causado descontentamento entre antigos aliados, especialmente aqueles que estiveram na linha de frente durante a campanha eleitoral. A sensação entre lideranças populares e candidatos de base é de abandono, já que, segundo eles, as nomeações no novo governo têm beneficiado apenas o núcleo tradicional do grupo ronaldista.

Chamados de “orelhas secas” ou “pé de boi” – expressão usada para descrever os militantes mais engajados e operacionais durante o período eleitoral – esses aliados afirmam estar sendo penalizados justamente por sua lealdade. Apesar de terem trabalhado arduamente pelo retorno de Zé Ronaldo à Prefeitura, muitos seguem sem qualquer reconhecimento, seja em cargos ou espaços no novo governo.

Entre os nomes citados como esquecidos pela gestão estão lideranças como Cristovaldo de Jesus, Maurício Lima, Leda Cigana, Sandro Regis, Magal, Altemir da Cabotonga, Deilsa Lima, Daniel da Rua Nova, Pastor Pierre, Gringo de Marinalva, Marivaldo e Guto da Casa do Trabalhador. No mesmo cenário de invisibilidade estão diversos candidatos da base, *embora não sejam considerados orelhinhas secas* como Neto Dez, Gildásio Nena, Tinga, Fabiano da Van, Pedro Cícero, Petrônio Lima, Achilles, Batista da Agroviola, Correa Zezito, Isaías de Diogo, Calinhos Cabeção, Carlinhos Sempre Amigo, Carlos Geilson e Paulão do Caldeirão.

Enquanto isso, o Diário Oficial do Município segue publicando nomeações quase diárias – em algumas ocasiões, em edições extraordinárias – com cargos destinados, majoritariamente, aos mesmos de sempre: os integrantes mais próximos do núcleo duro do ronaldismo.

A pergunta que ecoa nas ruas da cidade é direta: Zé Ronaldo mudou em quê? Para muitos, trata-se de mais um mandato que segue a cartilha de privilegiar uma elite política, deixando de lado aqueles que mais contribuíram para o retorno do gestor ao comando do Executivo feirense.

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