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Onde foram parar os R$ 2,4 Milhões devolvidos por Fernando Torres para investimentos na segurança pública de Feira de Santana?

Osvaldo Cruz
3 Min Leitura

É um questionamento que deve ser levantado, pois é a cobrança de toda sociedade feirense que sofre com o aumento da violência sem que as autoridades locais deem qualquer tipo de explicação para a falta de investimentos na área de segurança pública, que é dever de toda sociedade. Neste contexto, o vereador Fernando Torres, do PSD, quando estava na presidência da Câmara Municipal em 2022, economizou e devolveu ao prefeito de Feira de Santana, Colbert Martins, a virtuosa quantia de R$ 2.470.000,00 para ser investida em segurança pública na cidade. A verba foi economizada pelo presidente durante o exercício de 2021.

Segundo Fernando Torres, “não foi tarefa fácil reduzir os gastos e alcançar a marca de R$ 2,4 milhões devolvidos à Prefeitura. Uma das medidas foi a suspensão, por um ano, do reajuste do subsídio dos vereadores”, disse Torres, observando que o Legislativo recebeu R$ 2 milhões a menos em duodécimo em 2021 devido à queda da arrecadação municipal. Mesmo assim, ele fez a economia e devolveu ao prefeito a quantia economizada para ser investida em segurança pública.

Passados dois anos da devolução dos R$ 2,4 milhões, o prefeito ainda não explicou onde foi investida essa volumosa quantidade de dinheiro. A violência tem aumentado no município, sobretudo nas mortes violentas, mas, cobrar de quem? De quem é a responsabilidade, se a segurança pública é de obrigação do Estado (Município, Estado e União) e dever de todos? Se o Município não faz sua parte, como pode cobrar das demais instâncias?

O exemplo a ser seguido é o do Estado de São Paulo, onde prefeitos e governador fazem a parte que lhes cabe, obrigando a União a entrar também na luta contra a violência. Em São Paulo, as forças do estado (PM e PC) contam com o apoio marcante das forças municipais (Guardas Municipais), formando um cinturão de segurança pública em todo território estadual.

Feira de Santana é a segunda maior cidade do Estado da Bahia e tem uma das Guardas mais antigas do país, porém, fica muito aquém do que a sociedade precisa e merece. O que falta em Feira de Santana é gestão comprometida e de visão, pois, até os investimentos que são alocados para os fins simplesmente somem sem explicação por parte do chefe do executivo.

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