O sofrimento do senhor Edinaldo de Jesus, de 56 anos, morador do distrito de Humildades, em Feira de Santana, é uma dolorosa realidade que muitos brasileiros enfrentam em um sistema de saúde que deveria proteger, mas que frequentemente falha em sua missão. A situação de Edinaldo, que se agravou ao longo dos dias, pode ser comparada a uma tortura silenciosa, revelando as falhas alarmantes da saúde pública no Estado.
No dia 19 de janeiro, Edinaldo deu entrada na UPA do Clériston Andrade com um grave quadro de infecção: Celulite Bolhosa, que pode ser um sintoma da erisipela, uma infecção bacteriana da pele. Com o agravamento do seu estado, exames de sangue revelaram alterações preocupantes que já afetaram seus rins. O que deveria ser um atendimento prioritário, no entanto, se transformou em um verdadeiro pesadelo.
No dia 20, a regulação para a transferência de Edinaldo foi autorizada, e a enfermeira informou à sua família que ele seria levado para a cidade de Itaberaba. “Fui avisada pela enfermeira que ele seria transferido e me pediu para me preparar. Voltei para casa, arrumei a mochila e retornei pronta para acompanhar meu pai, mas a transferência não aconteceu e ninguém explicou o motivo!”, desabafa Elen, filha de Edinaldo, com os olhos cheios de lágrimas.
A falta de ambulâncias na unidade, que só contava com uma, pode ter sido o motivo que impediu que a transferência fosse realizada. Após perder a regulação, Edinaldo foi colocado de volta à fila de espera e, até o dia 24, continua sem receber a assistência necessária. Enquanto isso, ele agoniza na cama, enfrentando dores intensas e com a perna completamente necrosada, envolta em secreções que exigem cuidados constantes, a ponto de precisar ser envolto em sacos plásticos devido ao derrame de líquidos.
A situação de Edinaldo é um retrato cruel do descaso e da falta de empatia que permeiam a saúde pública em Feira de Santana. O que deveria ser um atendimento humanizado e eficaz se transforma em um verdadeiro calvário, exposto pela negligência de um sistema que, ao longo dos anos, se deteriorou pela irresponsabilidade na gestão dos recursos federais destinados à saúde básica. Milhares de casos poderiam ser evitados se o sistema primário funcionasse adequadamente, mas as falhas se acumulam, e as vidas de pacientes como Edinaldo estão em jogo.
O caso do senhor Edinaldo, cuja regulação foi ignorada, está sendo denunciado, e é fundamental que as autoridades que tomaram conhecimento da situação se mobilizem imediatamente para apresentar uma solução que possa salvar a vida desse paciente e trazer tranquilidade à sua família. A saúde é um direito de todos, e a indiferença não pode ser a resposta diante do sofrimento humano. É hora de exigir mudanças e garantir que nenhum cidadão passe pelo mesmo tormento que Edinaldo está vivendo.
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