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Confiança: Governo Zé Ronaldo registra primeiro atraso salarial e desmonte da frota municipal em Feira de Santana

Osvaldo Cruz
3 Min Leitura

O governo do prefeito José Ronaldo (União Brasil) mal começou e já enfrenta sua primeira crise. Os trabalhadores terceirizados da empresa Confiança, responsáveis pelo transporte de servidores e alunos da rede municipal, ainda não receberam os salários referentes ao mês de janeiro de 2025. Até esta sexta-feira (14), os motoristas de carros pequenos e dos ônibus escolares seguem sem pagamento, apesar da promessa do prefeito de que ninguém sofreria com atrasos salariais em sua gestão.

A empresa Confiança, que deveria honrar seus compromissos com os trabalhadores, vai quebrando a confiança não apenas de seus funcionários, mas também a do próprio Zé Ronaldo, que garantiu uma administração sem esse tipo de problema. Mas a realidade já mostra um cenário bem diferente: os atrasos salariais já ultrapassam duas semanas, deixando centenas de trabalhadores em situação financeira delicada e desmoralizando as promessas de campanha do prefeito. A Empresa Confiança ainda deve aos servidores o auxílio-alimentação referente aos meses de novembro e dezembro de 2024.

Prefeitura sem frota: um município à deriva

Se a situação dos trabalhadores terceirizados já é crítica, o cenário para o funcionamento da Prefeitura de Feira de Santana é ainda mais caótico. Informações apontam que a frota de veículos utilizada por diversas secretarias foi retirada de circulação. Carros essenciais para a logística de materiais, transporte de servidores e execução de serviços públicos simplesmente não existem mais.

A previsão é ainda mais preocupante: os poucos veículos que restaram devem ser retirados até a próxima segunda-feira (19), o que deixará as secretarias completamente desprovidas de transporte oficial. A cidade, que já enfrenta desafios estruturais, agora pode ver serviços básicos entrarem em colapso pela falta de veículos.

Palavra dada, palavra quebrada

O atraso no pagamento dos motoristas e a retirada dos veículos revelam um início de governo marcado por descumprimentos. Durante a campanha e na posse, Zé Ronaldo reafirmou que os servidores e terceirizados não passariam por problemas salariais. Mas, 14 dias depois, a realidade desmente o discurso.

O governo municipal ainda não se pronunciou oficialmente sobre os atrasos, nem apresentou um plano para normalizar os pagamentos e reverter o sumiço da frota. Enquanto isso, motoristas seguem sem salários e a população já sente os efeitos da falta de transporte público eficiente.

Feira de Santana está diante de um teste decisivo para a gestão de Zé Ronaldo: ou o prefeito resolve a crise imediatamente ou terá que lidar com a revolta de trabalhadores e cidadãos que confiaram em suas promessas. Afinal, sem salários e sem frota, quem paga a conta é sempre o povo.

 

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