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Urgente: Funcionários terceirizados da ADM denunciam atrasos salariais e ameaças na Prefeitura de Feira de Santana

Osvaldo Cruz
3 Min Leitura

Os funcionários terceirizados da empresa Fundação ADM, prestadora de serviços para a Secretaria de Educação de Feira de Santana, emitiram uma carta aberta nesta terça-feira (10),  manifestando sua indignação e revolta diante do atraso no pagamento do salário, décimo terceiro, auxílio-alimentação e transporte. No documento, os trabalhadores denunciam o que chamam de “tratamento desumano”, incluindo ameaças e intimidações para que não interrompam suas atividades.

De acordo com a carta, a situação tem causado grande sofrimento entre os colaboradores, que apresentam dificuldades para honrar as suas despesas básicas, como alimentação e contas domésticas. “Estamos sendo tratados como animais selvagens, porque domésticos são  melhores do que nós. Só queremos o que é nosso por direito”, diz o texto.

Ameaças 

Os trabalhadores relatam que estão trabalhando sob pressão e ameaça de perda de seus empregos, o que gerou um clima de medo e instabilidade. Segundo os denunciantes, colegas que procuraram se manifestar contra os atrasos salariais já foram demitidos.

A carta também compara a situação vívida atualmente a uma nova forma de escravidão, com obrigações e cobranças constantes, mas sem a garantia de direitos fundamentais. “Só cobrança, trabalho e deveres, mas os nossos direitos, nada. Voltamos ao tempo da escravidão, na base do chicote”, reforça o documento.

Paralisação anunciada

Como forma de protesto, os funcionários anunciaram que, caso os pagamentos não sejam regularizados até dia 12 de dezembro, irão paralisar as atividades. Eles também informaram que, diante de demissões ou outras retaliações, pretendem denunciar as práticas ao Ministério Público do Trabalho (MPT) e dar nomes de todos os envolvidos nas ameaças.

“Estamos cansados dessa situação. Terceirizados também são pessoas, também comem, também têm contas a pagar. Não queremos nada de ninguém, só o que é nosso por direito”, conclui a carta.

Repercussão e silêncio das autoridades

Até o momento, a Secretaria de Educação de Feira de Santana, liderada pela secretária Anaci Paim, e a Fundação ADM não se pronunciaram sobre as denúncias ou sobre o atraso nos pagamentos.

A situação gerou indignação nas redes sociais e levantou questionamentos sobre a gestão dos contratos terceirizados pela prefeitura. Trabalhadores e representantes sindicais cobram transparência e ações imediatas para regularizar os pagamentos.

Próximos passos

Com a paralisação marcada para o dia 12 de dezembro, a expectativa é de que as partes envolvidas busquem uma solução antes que os serviços sejam interrompidos, afetando o funcionamento das escolas públicas do município. Enquanto isso, os trabalhadores aguardam por justiça e respeito aos seus direitos básicos.

A equipe de reportagem segue acompanhando o caso e buscando novas atualizações sobre os desdobramentos.

 

 

 

 

 

 

 

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