É alarmante constatar que, apesar de décadas de esforços e conscientização, os casos de violência contra mulheres ainda persistem em Feira de Santana e em várias regiões do mundo. O estabelecimento do Dia Nacional de Luta Contra a Violência à Mulher, em 10 de Outubro, foi um marco importante para chamar a atenção para essa questão premente e para promover a conscientização sobre a necessidade contínua de erradicar essa forma de violência. Em Feira de Santana, a TV Subaé, afiliada à Rede Globo, recentemente conduziu uma entrevista com a Secretária Municipal Gerusa Sampaio, na qual foram abordados temas cruciais relacionados à importância da data e às ações da Rede de Proteção à Mulher.
Os dados mais recentes divulgados pela Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres de Feira de Santana, referentes ao primeiro semestre de 2023, revelam que a cidade registrou 577 medidas protetivas durante esse período. Essas medidas refletem a gravidade do problema, mas também destacam a importância das iniciativas de proteção e apoio às vítimas.
A Rede de Proteção à Mulher em Feira de Santana, composta pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM), pela Ronda Maria da Penha, pelo Centro de Referência Maria Quitéria (CRMQ) e pela Secretaria da Mulher, desempenha um papel crucial ao oferecer um suporte vital para as mulheres em situações de vulnerabilidade.
Apesar dos esforços louváveis realizados por essas instituições, os números evidenciam que há um longo caminho a percorrer para efetivamente reduzir os casos de violência contra as mulheres. A equidade de gênero transcende as fronteiras da segurança pública, abrangendo esferas como a cultura, a educação, a economia e a política.
De acordo com relatórios nacionais, a violência contra a mulher continua sendo uma triste realidade em todo o país. Dados de organizações de direitos das mulheres demonstram que, mesmo após mais de quatro décadas desde a criação do Dia Nacional de Luta Contra a Violência à Mulher, as estatísticas permanecem preocupantes. Casos de violência física, psicológica e sexual persistem, causando impactos profundos não apenas na segurança das mulheres, mas também em sua saúde, oportunidades econômicas e participação política.
É vital continuar ampliando a conscientização, fomentando o diálogo e implementando políticas eficazes que abordem as raízes dessa violência sistêmica. Educação, desconstrução de estereótipos de gênero e empoderamento das mulheres são aspectos-chave na luta contra essa grave questão.
Cada passo em direção à igualdade de gênero e à eliminação da violência contra as mulheres é um avanço significativo em direção a uma sociedade mais justa e segura para todos. Portanto, espera-se que as ações da Secretaria da Mulher e das demais entidades envolvidas em Feira de Santana contribuam para uma mudança positiva e sustentável, inspirando outros lugares a seguirem o mesmo caminho.
Veja a entrevista na íntegra