Os trabalhadores terceirizados da Prefeitura de Feira de Santana estão enfrentando um drama financeiro que parece não ter fim. Empresas contratadas pelo município, como a Confiança e a Desenvolvida, seguem sem honrar seus compromissos, mantendo rotinas de salários e benefícios atrasados. O problema persiste apesar da promessa do prefeito José Ronaldo (União Brasil), que afirmou não tolerar esse tipo de prática em sua gestão.
Funcionários denunciam que a empresa Confiança ainda não pagou o salário de fevereiro e acumula três meses de atraso no vale-alimentação. Já a Desenvolvida segue sem depositar o auxílio-alimentação devido aos trabalhadores. A situação tem gerado indignação e desespero entre os profissionais, que cobram uma resposta imediata do poder público.
“Somos pais e mães de família, não aguentamos mais”
Os trabalhadores estão relacionados com dificuldades financeiras graves, já que dependem desses pagamentos para sustentar suas famílias.
“Somos pais e mães de família, não aguentamos ficar sem receber os nossos pagamentos. Cumprimos nossas obrigações, cumprimos horários, e a Confiança não está cumprindo suas obrigações conosco!” – desabafou um funcionário, que prefere não se identificar por medo de represálias.
Mesmo diante da pressão e do clamor dos funcionários, a resposta da Confiança tem sido vaga e pouco esclarecedora. Em um comunicado enviado aos colaboradores, a empresa apenas informou que está “aguardando uma nova previsão da diretoria” e garantiu que “muito breve as demandas de salário e benefícios serão regularizadas” .
O que os trabalhadores temem é que essa promessa não passe de mais um discurso vazio, enquanto seguem endividados, sem dinheiro para pagar contas básicas e colocar comida na mesa com dificuldades.
O prefeito José Ronaldo vai agir ou se calar?
Durante a sua campanha e ao assumir a gestão, José Ronaldo foi categórico ao afirmar que não aceitaria atrasos salariais no seu governo. No entanto, a realidade mostra que, até agora, nada foi feito para resolver o problema.
“José Ronaldo disse que não ia tolerar atrasos em seu governo, até o momento a Confiança não pagou o nosso salário!” – lembrou um funcionário, decepcionado com a falta de ação do prefeito.
O silêncio da Prefeitura diante dessa crise trabalhista levanta um questionamento imediato: qual o compromisso real da gestão municipal com os trabalhadores terceirizados? Será que o prefeito estará disposto a cumprir sua promessa ou continuará permitindo que as empresas desrespeitem os funcionários sem qualquer consequência?
Embora a Prefeitura e as empresas contratadas não se posicionem de forma firme e transparente, os trabalhadores sofrem lesões. Aguardam, mais uma vez, que as palavras do prefeito se transformem em ações concretas — antes que a situação se torne insustentável.