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“Colbert Martins pode quebrar a Previdência de Feira”, dispara presidente da Câmara

Osvaldo Cruz
3 Min Leitura

A presidente da Câmara Municipal de Feira de Santana, Eremita Mota (PP), fez uma denúncia explosiva na última quarta-feira (04), acusando o prefeito Colbert Martins de adotar uma “manobra perigosa” que, segundo ela, pode levar à falência do Instituto de Previdência de Feira de Santana (IPFS). Durante um discurso contundente na tribuna, Eremita afirmou que irá ao Ministério Público denunciar o desvio de recursos e convocou o prefeito para explicar o não pagamento da cota patronal ao Fundo de Previdência.

De acordo com a vereadora, a dívida do município com o IPFS já atinge impressionantes R$ 65 milhões, e a situação financeira do instituto é tratada como uma “caixa preta”, sem transparência quanto aos números exatos. A presidente da Câmara alertou que, caso essa prática continue, o futuro dos aposentados e pensionistas da cidade estará em risco. “Se essa manobra não for estancada, dentro de alguns anos o IPFS não terá condições de pagar as aposentadorias e pensões dos seus beneficiários”, afirmou.

Eremita Mota acusa Colbert de seguir os passos de seu antecessor, Zé Ronaldo, em uma estratégia que envolve a contratação de financiamentos sucessivos para cobrir as dívidas do Município com o IPFS. Somente em 2023, Colbert Martins teria contratado três financiamentos, totalizando R$ 26,1 milhões, supostamente para cobrir o rombo. No entanto, a vereadora questiona se as parcelas desses empréstimos, que deveriam ser pagas em 60 meses, estão realmente sendo quitadas. “O prefeito não paga suas dívidas, contrata financiamentos, que ninguém sabe se estão sendo pagos, e continua sem honrar o compromisso com o Fundo do IPFS. É uma tragédia anunciada”, sentenciou.

A comparação entre as gestões é alarmante: enquanto Zé Ronaldo contratou financiamentos de cerca de R$ 5 milhões para cobrir as dívidas previdenciárias, Colbert Martins já acumula R$ 26,1 milhões em empréstimos. Isso representa um crescimento de 500% na dívida, o que, segundo Eremita, evidencia o aprofundamento da crise fiscal da cidade.

Com 3 mil aposentados e 500 pensionistas dependentes do IPFS, a vereadora faz um alerta dramático: se nada for feito, o colapso do sistema previdenciário municipal será inevitável, comprometendo não apenas os servidores, mas o futuro de toda a cidade.

Feira de Santana, sob o governo de Colbert Martins, estaria, assim, diante de uma “bomba-relógio” que pode explodir a qualquer momento. A denúncia da presidente da Câmara coloca em evidência o que ela chama de “irresponsabilidade fiscal” do prefeito, e a expectativa agora é de como o Ministério Público e a população vão reagir a essas graves acusações.

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