O prefeito Colbert Martins, que quer posar de estrela, não passa de um zero à esquerda no MDB da Bahia. Eleito em 2020, Colbert não convocou os caciques do MDB para repartir o bolo ou participar da festa (mandato). Nas eleições de 2022, o alcaide tentou medir força com o diretório do partido na Bahia e ficou desmoralizado. O MDB apoiou Jerônimo Rodrigues, enquanto o prefeito seguiu no apoio a ACM Neto (derrotado).
Agora, Colbert tenta repetir a façanha de peitar o diretório do MDB e seus caciques. Primeiro, o prefeito de Feira quer manter a aliança com seu mentor político, José Ronaldo, a quem atribui a maior fatia do bolo em seu governo (está entupido dele). Sentindo que perdeu a quebra de braço, pois os caciques já afirmaram que o partido segue irmanado com o candidato do governo estadual (vai apoiar Zé Neto em Feira), Colbert tenta mais uma pífia cartada: quer candidatura própria do partido sem rompimento com Zé Ronaldo?
Em 2023, o ex-ministro Geddel Vieira revelou apreço por Colbert e o alertou que, se quisesse ser um jogador no partido, teria que romper com Zé Ronaldo. Caso mantivesse a “equivocada” composição, não teria apoio do partido.
“Se Colbert não tiver um candidato do MDB, preferir manter uma composição – que eu acho equivocada – com o ex-prefeito Zé Ronaldo, ele não terá nenhum tipo de respaldo do MDB”, concluiu (Blog do Velame).
O rompimento não veio, e o diretório do MDB na Bahia, que compõe parceria com o Governo do Estado, tomou a decisão de apoiar para prefeito de Feira de Santana o nome do deputado federal José Neto (PT). Neste contexto, Colbert soa como apito surdo e, mesmo sendo o prefeito da segunda cidade do estado, segue como um zero à esquerda quando trata de decisões dentro do MDB da Bahia, tal qual foi em 2022.