Após denuncia do vereador Roberto Tourinho-PV na Câmara Municipal de Feira de Santana, que dava conta que dos 380 agentes, só 190 estavam atuando no combate a Dengue, que o presidente da Associação dos Agentes de Saúde no combate a Endemias, Luiz Claudio, concedeu entrevista ao radialista Osvaldo Cruz para o Programa Rota da Informação na rádio Cidade FM e denunciou que o município está fazendo uma cobertura com “uma toalha e não com um cobertor” em relação ao combate a dengue.
Em relação ao combate a dengue em Feira de Santana Luiz Claudio afirma.
“Estamos fazendo uma cobertura com uma toalha e não com o cobertor ou seja o cobertor está curto, não temos com fazer um combate eficiente com 192 agentes trabalho em 387.772 imóveis, ‘dados não atualizados’, a conta não não bate, o Ministério da Saúde estabelece de 800 a 1000 imóveis por agentes, neste caso teríamos que ter no mínimo 387 agentes atuando”, disse Luiz, afirmando que os dados sobre os imóveis em Feira de Santana, são de 1999 e que precisa ser atualizado “eles vão ter que atualizar que qualquer jeito, já estima-se em 600 mil imoveis e nesse caso teremos que ter entre 500 a 600 agentes atuando só no combate a dengue na cidade”.
Descumprimento de Lei
Ainda sobre ao quantitativo de agentes, no município existe uma Lei que determina a quantidade de 500 agentes de endemias quando eles foram efetivados em 2007, mas, hoje só existem pouco mais de 320.
Concurso
Desde 1999 quando houve a primeira seleção publica, o município não realiza concurso público para preenchimento de vagas de agentes de endemias. A Prefeitura disponibiliza apenas ” 50 pessoas contratadas” que não contempla a necessidade.
Gratificações
O presidente da Associação ainda denunciou a falha do município em não pagar gratificações, inclusive as em nível nacional, “além dessa gratificação de atividade SUS, porque somos incluídos como servidores da Unidade do Sistema do SUS, outra situação que prejudica os agentes é o auxilio transporte em cartão ao invés de pecúnio como o município de Salvador, esse tipo de auxilio não contempla a categoria porque somos itinerantes não temos local fixos de atuação”, denunciou alertando que o auxilio transporte em cartão magnético penaliza a categoria.
Câmara Municipal
Luiz Claudio alerta que a categoria de agentes de endemias não se sente representados na Câmara Municipal apesar de ter um colega como vereador, “não somos! temos um colega que é vereador, ele tem sido parceiro no que se refere a levar os representas da categoria ao prefeito e marcar reuniões com as autoridades, mas, não temos nenhuma conquista baseado no trabalho ou empenho do vereador, não basta reuniões e encontros, precisamos de resultados e isso não temos”, finaliza.