Após a declaração de João Roma, presidente do PL na Bahia, de que o prefeito de Salvador, Bruno Reis, reúne mais condições do que ACM Neto de ser o candidato da direita a governador em 2026, o dirigente do PT estadual, Éden Valadares, disse que a influência e o poder de ACM Neto sobre seu grupo demonstra estar cada vez mais enfraquecida. A afirmação de Éden foi feita nesta terça-feira (05).
“O que chama mais atenção nas afirmações de João Roma é que ele se junta ao coro que questiona se ACM Neto lidera ou não lidera a oposição, se ele será ou não candidato, e sobre quem deve supostamente ser o representante do União Brasil, PFL, do DEM na Bahia. Já vimos deputado falando no primo, Duquinho, presidente de partido falando em Bruno Reis, o fato é que toda semana Neto vê sua liderança questionada”, destacou o presidente do PT Bahia.
Éden disse ainda que, pelo histórico do ex-prefeito de Salvador, existem várias possibilidades pelas quais sua autoridade vem sendo refutada no seu próprio campo. “Não sei se pelo trauma de já ter fugido, pela lembrança de quando deixou seu grupo na mão, ou se pela fama de não ter paciência para dialogar com as lideranças, não sei. Mas sempre é alguém de dentro do seu grupo que questiona publicamente a liderança de ACM Neto”.
O líder petista também comentou o reconhecimento e a avaliação positiva de Roma sobre o governador Jerônimo Rodrigues e o PT Bahia para a próxima eleição estadual. “O presidente do PL acerta quando diz que Jerônimo vem forte, que a possibilidade de ter Wagner e Rui na chapa tornará a coligação do nosso grupo ainda mais competitiva, só discordo dele quanto a inelegibilidade de Bolsonaro. Não há dúvida alguma. Houve inquérito, denúncia, direito de defesa e condenação. Não pode ser candidato pois está pagando pelos crimes que cometeu – e ainda vai julgar um monte”, concluiu.
Aacom