Nos pronunciamentos no plenário da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), na sessão ordinária desta segunda-feira (26), os parlamentares repercutiram os incêndios florestais da região amazônica e seu impacto no mundo.
O deputado Robinson Almeida (PT) manifestou preocupação com as queimadas e criticou as políticas ambientais adotadas pelo Governo Federal diante do assunto. “A Amazônia sofre uma crise com milhares de hectares consumidos pelo fogo. Áreas foram desmatadas, ao que tudo indica intencionalmente, para dar lugar aos pastos”, apontou o petista, que também tratou, em seu discurso, da privatização de 17 estatais e lamentou a morte do jornalista Francisco Viana, especialista em comunicação empresarial.
O deputado Marcelino Galo (PT), que é coordenador da Frente Parlamentar Ambientalista na Bahia, afirmou que já são 85 mil pontos de incêndio na Floresta Amazônica, criticando a atuação do Governo Federal. “O Brasil passou e ser manchete no mundo. Foram manifestações nas embaixadas brasileiras na Europa e em outros países, que veem com preocupação essa situação”, disse o petista.
O deputado Capitão Alden (PSL) lembrou que as queimadas costumam aparecer em um número mais elevado no mês de agosto e chamou a repercussão internacional de “histeria ambiental”. O parlamentar ainda explicou que a polêmica foi criada depois que o governo Jair Bolsonaro verificou o caminho do dinheiro público aplicado na Amazônia. “Interessante saber que quase R$ 1,8 bilhão destinado ao enfrentamento das queimadas na Amazônia, 38% são destinados a ONGs. O que Bolsonaro fez foi verificar mecanismos de identificar para onde estão indo estes recursos e como estão sendo gastos”, disse.
A deputada Olívia Santana (PC do B) rebateu o discurso do deputado Capitão Alden e disse que é de conhecimento público que há queimadas na Amazônia, mas “atualmente há uma política deliberada para destruir a Amazônia”. “Há uma tentativa de destruir o fundo da Amazônia, que foi uma conquista importante para preservação ambiental em nosso país desta floresta, que é a mais importante do planeta, hoje”, defendeu.
Para Hilton Coelho (PSOL), o problema está ocupando um espaço enorme no noticiário também por conta da revelação de que ‘grileiros marcaram o dia da queimada’. O parlamentar também criticou as declarações do presidente Jair Bolsonaro anteriores às queimadas: “o comportamento do presidente, que diz claramente que meio ambiente é coisa de bicho-grilo ou coisa de ONG, sinaliza para um segmento predatório, que se sentiu autorizado a marcar o dia da queimada”.
Zé Raimundo (PT) subiu à tribuna para tratar também do tema levantado pelos colegas no plenário. “Estamos observando o que se passa no Brasil em torno dessa questão que envolve a Amazônia. Evidentemente que não é uma coisa pontual, mas não serão as pobres ONGs que vão levar o minério brasileiro”, afirmou o petista.
O deputado Targino Machado (DEM), líder da bancada de oposição na ALBA, afirmou ser um defensor do meio ambiente e manifestou sua indignação contra as queimadas. No entanto, o parlamentar ponderou que esse tipo de incidente não é exclusivo de país ou governante. “Infelizmente, as queimadas não são privilégio de país nenhum, de governo ou de presidente. Vamos acabar com esse falso discurso que vai de encontro a nossa soberania nacional”.
OBRAS
O deputado Jacó usou seu tempo para exaltar as obras e reformas promovidas pela gestão do prefeito Abel Araújo em Cipó, município baiano famoso por suas fontes de águas termais. Segundo o parlamentar, seu mandato parlamentar articula com o Governo da Bahia uma solução para o Grande Hotel Caldas de Cipó, “um patrimônio histórico, que pertence ao Estado, e que se encontra desativado”. Ele revelou que existem empresários interessados em uma possível concessão para retomar o funcionamento do hotel.
Em discurso, Pedro Tavares (DEM) ratificou seu apelo para que o Governo do Estado recupere a BA-668, no trecho que liga o município de Buerarema ao distrito de Vila Brasil, no município de Una. Segundo o democrata, a rodovia estadual, importante via para o escoamento da produção da agricultura familiar local, está em péssimas condições de trafegabilidade.
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