“Estava em congresso quando aconteceu os desdobramentos do grupo que se considera independente na Casa. Enquanto oposição, quero dizer que deveria ter nessa Casa um grupo maior da oposição para que as forças fossem equilibradas e não tão desigual, para que pudéssemos debater os problemas da cidade sem o rolo compressor, que passa por cima da oposição. Temos 19 vereadores de base e apenas dois de oposição. Poderia parabenizar este novo grupo, mas é preciso ter cautela para que não haja ninguém tirando proveito desta situação, pois sabemos que aqui há colegas que defendem os interesses das cidades. Quando soube desse ‘racha’ liguei para Zé Curuca e aconselhei cautela”, pontuou Nery.
Em aparte, o presidente da Casa, vereador José Carneiro Rocha (PSDB) parabenizou Nery pelo discurso e observou que poucos oposicionistas fariam um discurso adotando uma postura descente. “É por isso que tenho orgulho de sua amizade. Sabe respeitar as oposições politicas. Das vezes que fui líder do Governo tivemos vários debates que não passaram do campo das ideias”, analisou.
De volta com a palavra, Nery pediu que o grupo dos independentes se comprometam em defender o Município. “E, o prefeito precisa tratar esta Casa com respeito e não como se fosse um apêndice do Governo Municipal”, pediu.
Greve
Ainda no uso da tribuna, o oposicionista tratou sobre a greve dos caminhoneiros. Segundo ele, a classe foi corajosa em iniciar o movimento. “O Governo Federal desconheceu as reivindicações encaminhadas por eles desde outubro do ano passado. Os trabalhadores estão sendo massacrados com essa politica adotada pelo Governo Federal de reajustar o combustível mensalmente. No Paraguai, a gasolina e o diesel não ultrapassam a casa dos R$ 2. Enquanto aqui o gás de cozinha e combustível sobem todos dos dias. Essa briga não é só dos caminhoneiros, e sim das donas de casa, dos taxistas, dos motoboys”, pontuou Nery.
O vereador disse ser solidário aos manifestantes e pediu coerência, pois lembra que negociação não é imposição. “As reivindicações são legítimas, devendo procurar o equilíbrio, pois a crise se agrava a cada dia”, disse.
Em aparte, o edil Edvaldo Lima (PP) disse que o caminhoneiro representa a família. “Não faz sentido eles trabalharem e não conseguirem ter uma reserva financeira. Quando este Governo Federal assumiu, colocou impostos em cima do combustível e não tem como o brasileiro arcar e pagar esta conta”, observou.
Para finalizar, Nery disse que os donos de postos de combustível, que estão se aproveitando deste momento e aumentando de forma absurda o preço do produto, devem ter o direito de oferecer o serviço cassado. “Não podemos permitir uma atitude como esta”, findou.
ASCOM