O vereador Cadmiel Pereira (PSC), utilizando a tribuna da Câmara de Vereadores de Feira de Santana, na sessão ordinária desta segunda-feira (12), abordou uma representação enviada à Casa da Cidadania advinda da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) contra o vereador Edvaldo Lima (PP). A representação solicitava o vídeo de um discurso de Edvaldo. A OAB alega que há uma necessidade de analisar se foi ou não praticada a LGBTfobia por parte do vereador.
Cadmiel Pereira disse achar estranho que um parlamentar, nas funções do seu mandato e no seu direito inalienável e constitucional de colocar as suas ideias e pensamentos, possa ser censurado por uma entidade como a OAB. O edil destacou ainda que Edvaldo foi eleito pelo povo para representá-los. “Ele foi eleito pela comunidade cristã para defender a concepção do sagrado e o que diz a palavra de Deus, que tem como rito de fé. Ele tem o direito de defender o que apregoa: a Bíblia Sagrada”, destacou.
Para Cadmiel, Edvaldo pode mostrar a sua luta contra o aborto, contra o casamento homoafetivo e a não descriminalização das drogas e o faz pela defesa de princípios cristãos. “Se, porventura, for um discurso que ofenda a outros, que seja julgado, mas não no direito da imunidade parlamentar. Portanto, quero fazer uma nota de apoio ao colega de exercer o seu papel sem sofrer censuras”, pontuou.
Ainda de acordo com Cadmiel Pereira, mesmo ele e Edvaldo militando em posições políticas opostas, não tinha como deixar de defender o colega e reconhecer o direito que tem de fazer sua manifestação clara e coesa da defesa das suas ideias, pois isso é Constitucional. “Que não haja a imposição de um poder sobre o outro. O Poder Legislativo emana do povo com o voto para que, com responsabilidade, o parlamentar venha colocar as suas ideias. Esse ofício da OAB foi um retrocesso. Isso não é bom e nem democrático”, ressaltou.
Ele concluiu o assunto dizendo que fica o seu voto de repúdio a qualquer tentativa de censura contra um parlamentar na defesa das suas teses e seus ideais.
Ascom