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Tarifa Única seria melhor solução para o transporte coletivo, defende engenheiro

Osvaldo Cruz
3 Min Leitura

Para solucionar problemas como diminuição de usuários e constantes crises no sistema de transporte público, ao invés de adotar a tarifa zero, o ideal seria a Prefeitura de Feira de Santana implantar uma tarifa única. A ideia foi sugerida pelo engenheiro civil, Danilo Ferreira, durante sessão especial que discutiu o assunto esta semana, por iniciativa da Câmara Municipal, com presença de autoridades, especialistas e representantes da sociedade local. Segundo o profissional, considerando que o Município possua poucos recursos para subsidiar o transporte para os feirenses, a proposta defendida por ele seria “mais prática” e simples.

“Partindo do pressuposto que se implante uma tarifa única de R$ 85, aproximadamente, este usuário poderia usar o transporte público à vontade durante o mês inteiro. Este é mais ou menos o conceito do que propomos”, explicou Danilo.

Antes, acrescentou ele, seria necessário estabelecer um número de viagens que cada usuário utilizaria para chegar ao sistema. Para fazer o cálculo, indicou ele, poderia se tomar como base a lei que regulamentou o vale-transporte (VT) e permitiu às empresas descontarem até 6% do salário bruto dos funcionários para o pagamento do benefício. Com mais de dez anos de envolvimento em estudos e discussões sobre o transporte público, o engenheiro explicou que sua proposta funcionaria como uma espécie de “Passe Mensal” [permissão de uso do serviço numa área ou rota pré-estabelecida, pagando-se determinadas quantias em períodos definidos].

Danilo alertou, no entanto, que seria necessário remodelar o sistema e melhorar os eixos/linhas troncais. “Considerando que se colocaria 65 ônibus elétricos, um investimento em torno de R$ 156 milhões, com a tarifa única se precisaria de 53 mil pessoas pagando para possibilitar rodar o sistema troncal”, afirmou. E não seria difícil identificar fontes de financiamento. Segundo o especialista, somando-se duas categorias de forte presença no Município, por exemplo, que são os trabalhadores com carteira assinada (cerca de 100 mil) e os estudantes (50 mil), já seriam obtidos R$ 13 milhões para bancar o transporte, nos moldes proposto.

“Fora isto, há uma série de outras estratégias que poderiam ser aplicadas. Então, pelo que se vê a equação existe e é possível de executá-la. No entanto, temos que planejar o sistema em função desta política”, argumentou.

Foto. Paulo José/Acorda Cidade

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