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Para o vereador Nery, Feira de Santana é terra sem lei

Osvaldo Cruz
4 Min Leitura

DSC_3699Em pronunciamento, na sessão ordinária desta quarta-feira (08), na Casa da Cidadania, o vereador Alberto Nery (PT) afirmou que Feira de Santana é uma cidade sem lei. O discurso aconteceu após a divulgação, em meios de comunicação e redes sociais, da construção de uma passarela que ligam dois prédios de uma escola particular da cidade.

“As coisas nesta cidade estão acontecendo e não aparecem os culpados. O exemplo de hoje foi a construção de uma passarela feita pelo Colégio Helyos. A construção interliga dois prédios da escola em plena via pública e sem autorização do poder público Municipal, que deveria tomar uma posição sobre o fato, mas nada faz. Porém, se fosse o imóvel de um pobre no outro dia a máquina já estaria lá destruindo tudo, mas como se trata de um grande colégio, onde estudam os filhos dos burgueses da cidade ninguém faz nada. Foi preciso provocar o Ministério Público para que alguma posição seja adotada”, analisou Nery.

O edil continuou a tratar sobre o assunto e ressaltou que espaços públicos estão sendo ocupados, pois contam com a inércia do Município. “Temos mesmo que engolir a realidade de vivermos numa cidade sem lei. No Feiraguay manequins são amarrados aos postes; embaixo do viaduto do Tomba virou uma feira livre; na rua Andaraí, os bares tomam conta das calçadas com mesas e cadeiras. Que cidade é essa? Ouço aqui críticas ao Governo do Estado, quando os vereadores que deveriam fiscalizar o Município não o fazem. Gostaria de pedir ao líder governista que peça providências ao Município e que não fique por ai derrubando barracas durante a madrugada e sem diálogo”, pediu.

Em aparte, o líder do Governo na Casa, vereador Luiz Augusto de Jesus, Lulinha (DEM), elogiou o discurso do colega e disse que quando o Governo Municipal adota medidas é criticado e chamado de perseguidor. “Assim aconteceu em relação aos camelôs”, lembrou.   

De volta com a palavra, Nery disse que o poder público só age depois que se passa muito tempo e que se agisse de imediato evitaria transtornos. “Se no início fosse impedida a instalação de muretas na Rua Andaraí e as barracas embaixo do viaduto do Tomba, e houvesse diálogo para a retirada, não haveria problemas agora. Porém, o Município só quer agir depois que o tempo passa, onde é preciso usar força e assim não sou a favor”, pontuou.

Também em aparte, o vereador Marcos Lima (PRP) expôs sua opinião em relação à passarela construída pelo Colégio Helyos. “Se não há lei específica que proíba a construção, então ela é legal”, opinou. Em resposta, Alberto Nery disse que Feira de Santana é a única cidade que permite esse tipo de obra. “É ilegal e a sensação que temos ao passar na rua é ela está interditada. Se a obra fosse permitida não teria sido notificada”, observou.

Para finalizar, o edil Cadmiel Pereira (PSC) afirmou que toda grande obra precisa de autorização. “Aquela obra foi feita à revelia do Município, que não comunga com ela, tanto que houve um embargo”, findou.

Ascom

 

 

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