Educação, engenharia e fiscalização. Estas são as três bases que promovem a segurança viária, defendida pelo vereador Silvio Dias (PT), em pronunciamento na Câmara Municipal, nesta quinta (30). De acordo com o parlamentar, a prefeitura de Feira de Santana ignora esse eixo de sustentação por “falta de vontade política”.
“Feira de Santana não cumpre os pilares de um trânsito seguro, que é baseado na educação, engenharia e fiscalização. Infelizmente, Feira não tem isso. E não é por falta de pessoal no seu quadro. Não há vontade política por parte da gestão municipal em colocar isso de forma efetiva”.
Silvio salientou que o quadro responsável por gerir o trânsito no município tem habilidade, no entanto, falta a determinação do Poder Executivo para que medidas sejam tomadas. “As pessoas que estão na gestão da SMT [Superintendência Municipal de Trânsito] são competentes, tanto o superintendente quanto a diretoria de operações, mas precisam ter, por parte do gestor principal, a autorização, a vontade política para que as coisas aconteçam”.
O vereador disse que há problemas no projeto pensado para a duplicação de vias importantes. “É um crime o que estão fazendo tanto no viaduto da Noide Cerqueira quanto no da Fraga Maia. As pessoas vão ter que atravessar duas vias para conseguir chegar na faixa central. Quantos atropelos não vão acontecer? Então, falta engenharia em nossa cidade”.
O “convênio firmado” entre a SMT e a Secretaria de Prevenção à Violência e Direitos Humanos também foi alvo de críticas do parlamentar. “É possível esse convênio? É. Mas que se faça um treinamento, que se faça uma educação para que essas pessoas que vão atuar no trânsito tenham o conhecimento devido. Como vai se fazer isso se os agentes de trânsito que têm o know how, não estão sendo os interlocutores junto a Guarda Municipal para que isso aconteça. Vai piorar”, sentenciou dizendo que o caminho escolhido pela prefeitura para sanar o problema é ilegal.
“A saída trazida pela prefeitura, nesse momento, que é a contratação de uma empresa terceirizada com esses monitores, é ilegal. Inclusive, está sendo contestada na justiça. É uma usurpação da função pública. As pessoas que estão exercendo essa função, estão usurpando a função do agente de trânsito”.
Ascom