A ausência de uma política pública efetiva e a permissão da Prefeitura para a construção de condomínios residenciais, “sem contrapropostas relacionadas à drenagem” das águas pluviais, são dois dos principais motivos para os transtornos causados no período chuvoso em Feira de Santana, opina o vereador Emerson Minho (DC). “São quase 24 anos do mesmo grupo político no poder.
Este pessoal deixa acontecer catástrofes para fazer chantagem eleitoral e jogar a responsabilidade na Câmara Municipal”, afirmou, na sessão de hoje do Legislativo.
Para Jurandy Carvalho (PL), os políticos locais são responsáveis por permitirem a ocupação indevida do solo, principalmente nas proximidades de lagoas e leitos de rios. Este comportamento, somado a falha dos órgãos fiscalizadores, “que não tomam providências”, resultam nos alagamentos em dias de chuva, analisa o parlamentar: “Feira de Santana dos Olhos D’Água agora é Santana das invasões e dos clandestinos”.
A não-execução de um plano de macrodrenagem das águas pluviais também foi questionada pelos vereadores Jhonatas Monteiro (PSOL) e Professor Ivamberg (PT).
A necessidade de que seja colocado em prática um plano de drenagem “é visível nos dias chuvosos, quando é possível perceber que Feira de Santana não está preparada”, diz Fernando Torres (PSD). Segundo ele, foram registrados 46 milímetros de chuva no intervalo de uma hora “e a cidade virou um caos”. Em municípios menores, no entanto, houve o registro de maior volume de chuva sem que ocorressem grandes problemas na drenagem, compara o vereador.
Ascom