O presidente do Legislativo feirense, vereador José Carneiro Rocha (PSDB), ao discursar na tribuna da Câmara Municipal de Feira de Santana, na sessão ordinária desta segunda-feira (04), tratou da denúncia do Ministério Público do Estado (MP-BA) contra o ex-prefeito José Ronaldo de Carvalho por burlar exigência de licitação em contrato no valor de R$ 6,4 milhões entre o Município e a Cooperativa de Serviços Profissionais Especializados em Saúde (Coopersade). “O fato ocorrido com a Coopersade foi lamentável. Não podemos deixar de reconhecer o que aconteceu, mas não podemos atribuir o fato a alguns políticos, principalmente a José Ronaldo de Carvalho, ex-prefeito de Feira de Santana”, afirmou.
De posse de cópia do relatório expedido pelo Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), José Carneiro reafirmou a confiança no caráter do ex-gestor deste município, revelando acreditar em movimentação para manchar a imagem de José Ronaldo. Para o presidente da Casa da Cidadania, é preciso aguardar a conclusão das investigações para apontar culpados. “De acordo com o relatório, não há nenhuma irregularidade com a contratação da cooperativa. O processo de licitação ocorreu dentro da legalidade. Tal situação revela que o gestor agiu no sentido de resolver um problema que assona todo o país, a saúde pública”, destacou o edil, fazendo leitura de pontos considerados de maior importância no documento do TCM.
Carneiro parabenizou o atual prefeito Colbert Martins da Silva Filho pelas medidas adotadas ao tomar conhecimento da denúncia. “O poder Executivo, na pessoa do prefeito Colbert Martins, tomou a providência necessária que foi a abertura de sindicância. Se houver comprovação de irregularidade a devida punição deverá ser aplicada”, disse José Carneiro.
O edil, na oportunidade, convocou a bancada governista a não assinar o requerimento de pedido de abertura de CPI para apuração dos fatos, que será protocolado na Casa pelo vereador Roberto Tourinho (PV). “Fiz aqui a leitura desse relatório para mostrar que estão criando um factoide para criar um culpado e condenar antecipadamente. O ex-prefeito José Ronaldo atendeu ao que manda a lei para realização das contratações emergenciais”, ressaltou.
Ainda na tribuna, José Carneiro fez questão de enfatizar o trabalho desenvolvido por José Ronaldo durante os quatro mandatos à frente do Município, como a contratação de 965 funcionários concursados para as mais diversas áreas da administração pública municipal, dentre outros feitos que impulsionaram o crescimento e desenvolvimento de Feira de Santana. “Não podemos condenar ninguém, não existe nada que comprove que um funcionário da Prefeitura tenha culpa. José Ronaldo foi prefeito por quatro vezes desta cidade, todas as vezes eleito no primeiro turno e sempre beneficiou o município. Ele é a maior liderança política dessa região e ninguém nunca teve motivos para acusá-lo de ter desviado um real sequer deste município, onde sempre obteve mais de 70% de aprovação popular em suas gestões”, defendeu.
APOIO
Em aparte, o vereador Marcos Lima (PRP) parabenizou o presidente pelo discurso e expressou confiança no caráter político de José Ronaldo. “O ex-prefeito José Ronaldo sempre zelou pelo dinheiro do nosso município e engana-se quem acha que ele não tem força política apenas pelo fato de já não possuir mais mandato. Não houve nenhum funcionário da Prefeitura de Feira de Santana apontado nessa denuncia, o que nos leva a concluir que essa investigação não é na Prefeitura. O que está sendo investigado é a cooperativa, e que deve ser investigada mesmo. José Ronaldo tem o nosso total apoio”, pontuou.
O vereador e líder governista Luiz Augusto de Jesus, o Lulinha (DEM), também se pronunciou sobre o assunto e garantiu seu apoio a reprovação de abertura de CPI na Casa para apuração do caso. “Quero parabenizar o presidente José Carneiro por esclarecer dúvidas que pairavam sobre esse caso. José Ronaldo transformou essa cidade e agora estão tentando manchar a sua imagem. Mas, não vão conseguir”, afirmou.
Para finalizar, o presidente do Legislativo feirense reafirmou a credibilidade do trabalho do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM). “Não tenho dúvidas de que ninguém vai questionar um relatório elaborado pelo TCM. Não há razão para essa acusação. Nenhum órgão do Município foi citado”, concluiu.
Ascom
