As deficiências do sistema de transporte coletivo voltaram à pauta de discussões na Câmara Municipal, na manhã desta terça-feira (22). Desta vez, o ponto de partida para os debates foi um requerimento de autoria do vereador Jhonatas Monteiro (PSOL), questionando a necessidade de medidas para adequação da frota de ônibus em circulação no município à demanda de passageiros, bem como o quadro de superlotação e necessidade de melhor utilização dos terminais.
Um dos argumentos do autor foi o retorno das aulas presenciais, suspensas desde o início da pandemia. “O ano letivo de 2022 na rede estadual foi iniciado no dia 7 deste mês e há perspectiva de início das aulas na rede municipal e das instituições de ensino de nível superior a partir de março”, ponderou Jhonatas. Ele destacou que a frota conta com apenas 130 ônibus para atender uma população de 624 mil habitantes.
Para o vereador Edvaldo Lima (MDB), o governo precisa sim, dar explicações sobre o sistema de transporte. “As linhas que foram retiradas retornaram?”, indagou, lembrando que já apresentou requerimento com teor similar e não obteve resposta. Já o vereador Silvio Dias (PT) afirmou que o transporte público vem sendo assassinado desde a implantação dos terminais de transbordo e depois o BRT”, disse. Ele defendeu ainda a reformulação do Conselho Municipal de Transporte.
Manifestando-se favorável ao requerimento, o vereador Pedro Américo (DEM) falou sobre a importância de debater a cidade e não somente a questão do transporte. Neste caso, ele sugeriu trocar a SMTT pela Secretaria de Mobilidade e realizar nova licitação para empresas de ônibus. “Enfim, remodelar o sistema, de fato, com a inclusão do transporte alternativo, transporte por aplicativo, motos e bicicletas”, enumerou. O problema da cidade, de acordo com o vereador, é de mobilidade.
Ascom