“Essa Ativacoop (Cooperativa de Trabalho de Atividades Gerais da Bahia) está há muitos anos presente em Feira de Santana”, disse o vereador Roberto Tourinho (PSB) sobre a operação “Guilda de Papel”, deflagrada nesta terça (15) pela Polícia Federal, envolvendo a suposta cooperativa, terceirizadora de mão de obra, em denúncia de desvio de verbas públicas no município de Jequié.
A imprensa noticia que a Ativacoop atua para a Prefeitura de Feira e de janeiro a setembro deste ano recebeu pagamento da ordem de R$ 12,2 milhões. Em Jequié, o prefeito local está afastado do cargo por 60 dias, pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região, para investigação sobre pagamento de “valores bastante superiores” por parte da Prefeitura, em relação ao que a cooperativa remunerava os prestadores de serviços temporários lotados no Município, entre outras suspeitas.
Tourinho visualiza similitude entre esta operação e a Pithyocampa, que ocorreu em 2018 em Feira, quando 10 pessoas foram presas nesta cidade. “O modus operandi é o mesmo, a atividade ilícita é a mesma. Essas cooperativas que se instalaram aqui em Feira, desde o primeiro governo de José Ronaldo, são responsáveis por alimentar as atividades ilícitas e criminosas da política”.
Para o vereador a prática corrói o quadro de funcionários efetivos da Prefeitura. “Imagine um servidor do quadro permanente ganhando um salário mínimo por mês, enquanto um cooperado ganhando duas, três vezes mais que ele, sem cumprir o trabalho”.
Ascom