No uso da tribuna da Câmara Municipal de Feira de Santana, na manhã desta segunda-feira (05), o vereador João dos Santos – João Bililiu (PPS) pediu que houvesse uma reflexão sobre uma situação que atinge a todos, direta e indiretamente, na cidade: a greve dos vigilantes.
Segundo o vereador, a categoria realiza um serviço essencial, já que a falta do mesmo afeta estabelecimentos importantes como universidades, escolas, bancos e até mesmo o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). “A cidade parou. Imagine se todo o comércio dependesse de vigilantes? Essa greve tem que ter um fim”, pediu.
João disse ainda que o Ministério Público do Estado da Bahia deve exigir que o sindicato coloque os 30% de pessoal que a lei pede para trabalhar em algumas instituições importantes. Por outro lado, ele entende que as empresas de segurança e suas contratantes devam se sensibilizar e voltar os pensamentos para a população, que é quem mais sofre com toda essa situação. “Imaginem como será com mais uma semana sem solução. Eu acredito na capacidade das pessoas que estão à frente das negociações, mas não posso deixar de me pronunciar de forma mais firme, pois minha maior preocupação é com o povo de Feira de Santana”, completou.
O edil destacou ainda que entende as reivindicações da categoria e até concorda, achando justo que se tenha mais respeito por aqueles que garantem a segurança e se expõem às mais diversas situações de risco para que todos sejam atendidos em diversas instituições.
Ele também acredita que os salários devem ser melhorados e atualizados, assim como as condições de trabalho, já que existem casos que mais parecem trabalho escravo. “Uma carta dos vigilantes emitida para o povo da Bahia revela alguns absurdos cometidos pelas empresas de segurança, como a proposta de aumento de apenas R$ 10,00 e a insistência para que os vigilantes façam trabalho extra nas folgas, prorrogando a jornada em até 20 horas trabalhadas”, criticou.
Bililiu ainda lamentou que a economia de Feira de Santana esteja sofrendo com toda essa situação, pedindo aos vereadores que se reúnam para juntos ajudar o fim da greve. “É inadmissível a continuação dessa greve, se continuar assim a cidade vai parar”, finalizou.
Ascom