Relatório da Procuradoria-Geral da República estima que objetivo da organização criminosa instalada dentro do governo Wilson Witzel, só com a contratação das Organizações Sociais (OS) na pasta da Saúde, era lucrar 400 milhões de reais com a corrupção. O montante ilícito, segundo os investigadores, seria angariado ao final dos quatro anos de governo. O cálculo foi feito baseado no modus operandi do grupo que comandava as fraudes no setor, com a prática de cobrar 5% de propina em todos os contratos firmados com o governo do estado do Rio.
O documento mostra ainda que as contratações das Organizações Sociais pela Secretaria estadual de Saúde envolvem um volume anual de, aproximadamente, 2 bilhões de reais. Ao final de todo o mandato de governador de estado, o valor chegaria a cerca de 8 bilhões de reais. Mas as cifras astronômicas, no entanto, são apenas uma fatia das fraudes nos processos licitatórios do governo estadual, segundo o delator Edmar Santos, ex-secretário de saúde fluminense. De acordo com as informações prestadas por ele em seu acordo de colaboração premiada, homologado no início de agosto, o esquema de corrupção se instalou em todas as secretarias do estado do Rio.
MSN Brasil