Donald Trump anunciou hoje em coletiva de imprensa a saída dos Estados Unidos da Organização Mundial da Saúde (OMS). “Vamos terminar a nossa relação com a Organização Mundial da Saúde e redirecionar estes fundos para outras necessidades de saúde pública”, afirmou.
Trump culpou a conduta da OMS diante da pandemia do novo coronavírus na China como parte do motivo para o rompimento. Os EUA são o maior contribuinte de recursos à organização – segundo o Banco Mundial, em 2019, o país destinou mais de US$ 400 milhões à entidade, cerca de 15% do orçamento da OMS naquele momento.
Os EUA são o país mais afetado, em números absolutos, pela Covid-19. Segundo a universidade Johns Hopkins o país tem mais de 100 mil mortos.
A decisão também tem como pano de fundo as críticas que o governo Trump sofreu por sua condução da crise provocada pela pandemia em pleno ano eleitoral nos EUA – o presidente vai disputar a reeleição.
Rompimento
Trump já havia suspendido as contribuições dos EUA à OMS em 14 de abril, acusando-a de promover a “desinformação” da China sobre a pandemia de coronavírus e dizendo que sua administração faria uma revisão da entidade. Representantes da OMS negaram as acusações, e a China insistiu que foi transparente e aberta.
Há menos de duas semanas, Trump chegou a dizer que considerava restabelecer parte do financiamento americano à OMS, mas em um volume muito menor – cerca de 10% do volume anterior. Hoje, ao anunciar o rompimento, Trump voltou a falar sobre a necessidade de reformas, mas sem dar detalhes sobre quais seriam elas.
“Nós detalhamos as reformas que [a OMS] deve fazer e tratamos com eles diretamente, mas eles se recusaram a agir. Como eles falharam em fazer as necessárias e pedidas reformas, hoje vamos encerrar nosso relacionamento com a Organização Mundial de Saúde”, afirmou Trump.
Segundo o presidente, “o mundo precisa de respostas da China sobre o vírus” e que transparência é necessária.
Notícias ao Minuto