O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus, não quis comentar nesta quarta-feira, 1, o posicionamento do presidente Jair Bolsonaro sobre as medidas de contenção do coronavírus. Na terça, 31, o líder brasileiro afirmou que Tedros teria defendido o fim da quarentena para evitar impactos econômicos mais profundos.
Questionado sobre as declarações, durante entrevista coletiva em Genebra, na Suíça, o comandante da OMS ficou em silêncio e sinalizou para que o diretor-executivo da entidade, Michael Ryan, respondesse à pergunta. Ryan não citou Bolsonaro, mas pediu que os países adotem uma política “abrangente” contra a pandemia e preparem seus sistemas de saúde.
Na abertura da coletiva, Tedros reconheceu que, embora possam desacelerar a transmissão do vírus, as medidas de isolamento social também podem ter consequências não intencionais para as populações mais pobres. “Instei os governos a implementarem programas sociais para garantir que pessoas vulneráveis tenham comida e outros itens essenciais durante a crise”, destacou.
O diretor-geral da Organização salientou que fatores sociais e econômicos precisam ser considerados na resolução da pandemia, sobretudo em economias em desenvolvimento. “Para esses países, alívios de dívida são essenciais para permitir que eles cuidem de seus povos e evitem o colapso econômico”, disse.
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