Interlocutores de Augusto Aras, indicado para o cargo de procurador-geral da República, contabilizam cerca de 20 votos pela aprovação do seu nome na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e em torno de 60 no plenário da Casa.
A CCJ tem 27 membros titulares e no plenário podem participar da votação todos os 81 senadores. Para ter a indicação efetivada, Aras precisa do voto da maioria dos senadores no plenário.
A margem otimista de votos pela aprovação de Aras para a Procuradoria-Geral da República estaria sendo construída, segundo auxiliares do procurador, a partir dos encontros com as maiores bancadas do Senado, mas também individualmente com cada um dos parlamentares.
Até o início da semana, ainda faltavam cerca de 30 encontros individuais com senadores, mas a previsão é a de que Aras visite ao menos 12 gabinetes nesta quarta-feira (18). Nesta manhã, ele se reuniu com representantes da Frente Parlamentar da Agricultura.
O ritmo dos encontros vem se intensificando. Na terça (17), por exemplo, Aras esteve com os senadores Leila Barros (PSB-DF), Sérgio Petecão (PSD-AC) e Major Olimpo (PSL-SP).
“Aras me pareceu muito objetivo. Falou que o Ministério Público não pode ser nem de esquerda, nem de direita e nem de centro, mas pautar pela constituição e pelas leis”, disse o senador Major Olimpo (PSL-SP).
O parlamentar governista diz ter cobrado de Aras a entrega da carteira da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) caso ele seja aprovado na sabatina.
Aras, que atualmente é subprocurador da República, entrou na carreira do Ministério Público Federal em 1987, antes da promulgação da Constituição. Por isso, ele pôde optar por manter suas atividades como advogado, opção vedada para quem entrou no MP após 1988.
Com informações G1