O corregedor-geral do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Jorge Mussi, vai ouvir jornalistas da TV Record em ação de investigação judicial eleitoral movida pelo PT em dezembro de 2018, que pede a inelegibilidade de Jair Bolsonaro.
O presidente é acusado do uso indevido do veículo de comunicação em favor dele. Serão ouvidas 6 pessoas em 15 de maio.
A decisão (eis a íntegra) é do dia 23 de abril e foi divulgada pelo site Consultor Jurídico nesta 5ª feira (3.mai.2019).
Segundo petição apresentada pela coligação “O Povo Feliz de Novo”, formada por PT, PC do B e Pros, houve “exposição desproporcional”de Bolsonaro no grupo de comunicação.
Para a coligação, esse “abuso” se deu “especialmente” a partir de 29 de setembro de 2018, quando o bispo Edir Macedo, dono da emissora, declarou apoio então candidato do PSL.
A coligação alega que tanto o canal de TV aberta quanto o site R7ofereceram mais espaço e de forma mais benéfica a Bolsonaro durante o período eleitoral.
Entre os jornalistas que serão ouvidos em 15 de maio estão Eduardo Ribeiro, que entrevistou Bolsonaro no mesmo dia em que houve debate com demais presidenciáveis, e Luciana Barcellos, ex-chefe de redação do jornal da Record.
Também falarão ao TSE o editor-executivo do site The Intercept Brasil,Leandro Demori, e o fundador Glenn Greenwald. O portal publicou reportagem sobre orientações da Record para cobertura da campanha presidencial.
O ministro, no entanto, negou os depoimentos pessoais de:
- Edir Macedo – proprietário do Grupo Record;
- Douglas Tavolaro – ex-vice-presidente de Jornalismo da Rede Record;
- Marcio Pereira dos Santos – diretor de Recursos Humanos do Grupo Record;
- Thiago Antunes – diretor de Conteúdo de Jornalismo da Record TV;
- Domingos Fraga Filho – colunista do Portal R7;
- Celso Teixeira – diretor nacional de Comunicação na Rede Record;