Após sete horas, a cirurgia para retirada de uma bolsa de colostomia do presidente Jair Bolsonaro foi encerrada na tarde desta segunda-feira (28).
De acordo com a Secretaria de Comunicação da Presidência da República, o procedimento ocorreu “com êxito”. O boletim médico divulgado pelo Hospital Albert Einstein confirma a informação de que não houve “intercorrências nem necessidade de transfusão de sangue”.
Ainda segundo o boletim, foi realizada uma “anastomose do íleo com o cólon transverso”, que é a união do intestino delgado com o intestino grosso. “No momento, o paciente encontra-se, na Unidade de Terapia Intensiva, clinicamente estável, consciente, sem dor, recebendo medidas de suporte clínico, prevenção de infecção e de trombose venosa profunda”, diz o texto.
Em pronunciamento à imprensa, o porta-voz da Presidência da República, general Rêgo Barros, explicou que a cirurgia começou às 8h30 e durou até as 15h30. Para justificar o longo tempo na sala de cirurgia, ele disse que “o presidente possuía, em razão das outras duas cirurgias, uma quantidade muito grande de aderências. E essas aderências exigiram do corpo médico uma verdadeira obra de arte em relação ao procedimento”.
Esta é a terceira cirurgia à qual Bolsonaro é submetido, desde que sofreu uma facada, em setembro de 2018, durante ato de campanha em Juiz de Fora (MG).
Bolsonaro foi internado na manhã de domingo (27) para a realização de exames pré-operatórios e permanecerá no hospital pelos próximos dez dias.
A primeira-dama, Michelle, e dois dos cinco filhos do presidente -o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) e o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP)-, estão no Einstein.
Carlos, o mais próximo ao pai, permaneceu o tempo todo no centro cirúrgico.
A Presidência foi assumida na manhã desta segunda pelo vice, general Hamilton Mourão, que ficará no cargo nas primeiras 48 horas seguintes à operação.
Bolsonaro deve voltar a despachar a partir de quarta (30) e contará com um gabinete provisório em uma sala no Einstein, no mesmo andar do quarto em que está internado.
O GSI (Gabinete de Segurança Institucional), sob o comando do general Augusto Heleno, montou uma estrutura para que o presidente possa manter a rotina de despachos.
O Palácio do Planalto trouxe à capital paulista auxiliares técnicos e que dão suporte jurídico para a tomada de decisões do chefe do Executivo.
O escritório improvisado contará com um computador com internet, uma impressora e um telefone fixo. O espaço permitirá ainda que Bolsonaro se comunique com ministros e outros auxiliares que estejam fora de São Paulo por meio de videoconferência.
POR FOLHAPRESS COM NOTÍCIAS