Futuro ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro, o ex-juiz Sergio Moro preferiu o silêncio ao ser questionado sobre a decisão do ministro Marco Aurélio Mello, do STF (Supremo Tribunal Federal), que mandou soltar presos condenados em segunda instância, como o ex-presidente Lula.
“Sem comentários, não vou falar sobre isso”, disse Moro à Folha após deixar a primeira reunião ministerial da equipe de Bolsonaro, nesta quarta-feira (19) em Brasília.
O ex-juiz da 13ª Vara da Justiça Federal em Curitiba comandou a Lava Jato na capital paranaense e foi responsável pela condenação de Lula em primeira instância no caso tríplex, que o levou à prisão.
Em julho de 2017, Moro estipulou ao petista pena de 9 anos e meio por corrupção e lavagem de dinheiro, aumentada a 12 anos e um mês pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região em janeiro deste ano.
Lula e o PT fazem críticas recorrentes a Moro, a quem consideram o algoz do ex-presidente.
Em junho deste ano, quando o desembargador federal plantonista do TRF-4, Rogério Favreto, determinou a soltura de Lula e deu início a uma guerra de decisões judiciais, Moro interveio, mesmo em férias, e disse que Favreto não tinha competência para tomar aquela decisão.
“O Desembargador Federal plantonista, com todo respeito, é autoridade absolutamente incompetente para sobrepor-se à decisão do Colegiado da 8ª Turma do (TRF-4) e ainda do Plenário do Supremo Tribunal Federal”, disse Moro à época. Com informações da Folhapress.
A decisão de Favreto foi revista pelo presidente do TRF-4 e Lula permaneceu na carceragem da PF em Curitiba, onde está desde abril.
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