A arrecadação de impostos e contribuições federais somou R$ 131,880 bilhões em outubro , um aumento real (já descontada a inflação) de 4,12% na comparação com o mesmo mês de 2017. Em relação a setembro deste ano, houve elevação de 18,64%. O valor arrecadado foi o melhor desempenho para meses de outubro desde 2016.
O resultado veio dentro do intervalo de expectativas de 12 instituições ouvidas pelo Projeções Broadcast Projeções, que ia de R$ 110,942 bilhões a R$ 136 bilhões, com mediana de R$ 127,129 bilhões.
Entre janeiro e outubro deste ano, a arrecadação federal somou R$1,196 trilhão, o melhor desempenho para o período desde 2014. O montante representa avanço de 5,98% na comparação com igual período do ano passado.
Influências
O resultado no mês e no ano foi influenciado pela arrecadação de receitas como royalties e participação especial.
Em outubro, o montante arrecadado dessas receitas foi de R$ 11,571 bilhões, alta real de 85,63% em relação a outubro de 2017. No ano, essas receitas somam R$ 52,468 bilhões, aumento de 5,98% acima da inflação.
Desonerações
As desonerações concedidas pelo governo resultaram em uma renúncia fiscal de R$ 69,263 bilhões entre janeiro e outubro deste ano, acima do registrado em igual período do ano passado, quando ficou em R$ 67,984 bilhões. Apenas no mês de outubro, as desonerações totalizaram R$ 6,894 bilhões, também acima do que em outubro do ano passado (R$ 6,176 bilhões).
Só a desoneração da folha de pagamentos custou aos cofres federais R$ 690 milhões em outubro e R$ 9,216 bilhões no acumulado do ano.O Congresso aprovou em setembro a reoneração da folha de 39 setores da economia, como contrapartida exigida pelo governo para dar o desconto tributário no diesel prometido aos caminhoneiros. Outros 17 setores manterão o benefício até 2020.
POR ESTADAO